Tiras respondem na 3ª Vara da Justiça Federal por enriquecimento ilícito

ROBERTO BARBOSA

O juiz da 3ª Vara Federal, Rubens Rolo, preside procedimento contra policiais civis do Estado do Pará acusados do crime de enriquecimento ilícito. A história não é nova, porém, na última quinta-feira, corriam boatos, pelos corredores da Delegacia Geral, que o magistrado teria decretado as prisões preventivas de quatorze envolvidos, entre eles um delegado de carreira.
A minha equipe de repórteres entrou em contato com o assessor de Imprensa do Sistema Integrado de Segurança Pública, Emanoel Vilaça, assim como com o assessor da Polícia Civil do Pará, Walrimar Santos. Todavia, a resposta, foi de que não havia nenhuma informação acerca do assunto.
Uma fonte, que pediu para não ser identificada, confirmou, entretanto, que existe um procedimento policial na Corregedoria Integrada do Sistema de Segurança Pública apurando possível enriquecimento de policiais, entre estes, investigadores, escrivães e até delegados, mas que o caso ainda não chegou a ser concluído.
Certo é que, essas informações, já na sexta-feira, causavam mal-estar nos meios policiais. Inclusive, havia agentes e delegados citando nomes dos possíveis envolvidos, que ostentam uma qualidade de vida nada condizente com os salários que recebem da Polícia Civil do Pará.

OUTROS CRIMES

Haver procedimento policial ou judicial, sobretudo na esfera federal, contra agentes que se aproveitam do serviço público para enriquecerem, não é nenhuma novidade no Brasil. Há muitos casos semelhantes por todas as partes do País e não é somente na Polícia Civil. O mesmo ocorre, também, em outras esferas.
A informação que se tinha, era que a “caça às bruxas” teria se iniciado com a chamada “Operação Navalha na Carne”, quando altas patentes da Polícia Militar teriam sido “mordidas” pelas autoridades que lhes acusaram, também, do crime e enriquecimento ilícito.
Comenta-se que fontes da PM, insatisfeitas, passaram a cobrar das mesmas autoridades, que passassem a investigar também agentes da Polícia Civil. O resultado teria sido a deflagração de um procedimento que gerou processo na Justiça Federal e que teria ido parar nas mãos do juiz Rubens Rolo.

ESPANCAMENTO EM BREVES

Foi o jornalista Reginaldo Ramos que fez a reportagem exibida nacionalmente pela Rede Record de Televisão, mostrando policiais militares bem fortes e malvados, batendo na cabeça de mulheres presas na Delegacia de Polícia Civil de Breves, na Ilha do Marajó.
Estou me reportando ao fato por causa do comentário acima, acerca do enriquecimento ilícito de policiais civis e militares, e também, porque falaram durante programa jornalístico, que as imagens haviam sido feitas por um cinegrafista amador, o que não é o caso de Reginaldo Ramos, que é jornalista profissional e trabalha independente, sendo, inclusive proprietário de uma agência de notícias, a R3 Comunicação, de onde sou o chefe de redação.
Gostaria que o erro cometido nacionalmente fosse reparado.

SALADA

° Nem eu nem o Brasil tem mais qualquer dúvida acerca da culpa de Alexandre Nardonni e sua mulher, Anna Carolina Jatobá. Eles são acusados da morte estúpida da filha dele, Isabella Nardonni, que completou 6 anos na sexta-feira passada.

° Os esclarecimentos que deram na noite de ontem, na Rede Globo de Televisão, não convenceram nem um pouco a população brasileira, que clama por Justiça.

° Não é que outras crianças não estejam sendo vítimas de violências pelo resto do País, assim como outras barbáries estão ocorrendo a todo instante. É que o crime chocou a população pela forma torpe como foi cometido, envolvendo o próprio pai da vítima.

° Eu, no início das investigações, tinha as minhas dúvidas. Como todas as pessoas de bom senso, esperava, sinceramente, que Alexandre e Anna Carolina, fossem inocentes.

° Não dá pra acreditar.

° Eles não confessam o crime, isso é agravante. Se confessarem, cooperarem com a Polícia e a Justiça, isso é atenuante para a situação deles.

° De uma forma ou de outra, irão conviver, para sempre, com a sobra dessa tragédia em que se envolveram.

° A respeito da matéria do Reginaldo Ramos mostrando homens fortes e impiedosos batendo em mulheres indefesas, acho isso um vexame, uma covardia.

° Esses homens já deviam estar presos e excluídos dos quadros da Polícia Militar, a bem da disciplina.

° Não importa o que tenham feito as vítimas para estarem detidas em uma delegacia. Eles não tinham o direito de agir da forma como agiram.

° Policial dessa laia precisa estar preso. O crime que eles cometeram foi de tortura e isso é degradante.

° Peço mil desculpas ao público que acessa este blog pela ausência de material na última sexta-feira.

Comentários

Anônimo disse…
Pelo amor de Deus, a declaração do assessor de comunicação-Emanuel Vilaça- envergonhou o povo paraense. "Veja bem o seguinte: índio é um índio, homem civilizado é outra coisa. O índio tem as próprias leis dele dentro da aldeia”.

Isso é uma vergonha pro nosso estado. Como é que colocam um sujeito desse pra representar a segurança do estado???

Ahhhhhh, por favor... troquem de assessor... não quero mais passar por outro vexame nacional como esse, por causa de um jornalista despreparado que falou bobagem!
Anônimo disse…
Meu amigo, o povo ta indignado com essa declaração do tal do Vilaça,
ja tem outra comunidade no orkut "Emanuel Vilaça falou bobagem"
A essa altura ele já deve ter perdido o cargo de "assessor de imprensa". Que beleza de assessor hein governadora Ana Júlia?!!
Assessorzinho incompetente...

O link da comunidade é esse: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=55043853&refresh=1

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