Ano eleitoral e o canteiro de obras


ROBERTO BARBOSA

Os governos, de um modo geral, passam anos falando em investimentos, na busca de recursos, em recursos liberados para isso, para aquilo e coisa e tal, porém, pouco se vê no que concerne ao andamento de obras, serviços e benefícios da população. Entretanto, quando começam os anos eleitorais, então, aparecem as verbas, começam, de fato e de direito, as obras.
Uma boa parte das cidades brasileiras começou um ritmo frenético de obras de infra-estrutura.
Belém não fugiu à regra. Outro dia, ouvi de um vereador, que a Prefeitura de Belém nunca trabalhou tanto como o está fazendo atualmente. Deste jeito, há obras por toda parte e, todas, com ritmo acelerado, com homens trabalhando de dia e de noite.
Em função disso, as maquinas não param e os engarrafamentos são constantes ao longo da Rodovia Augusto Montenegro, da Avenida Marquês de Herval, da Pedro Álvares Cabral, Almirante Barroso, para citar apenas algumas.
São apenas quatro quilômetros, mas os motoristas têm levado cerca de uma hora para percorrer o trecho compreendido entre o Complexo Viário do Entroncamento e o Mangueirão nos horários de pico. À noite, a situação piora mais ainda. Todo mundo quer chegar em casa mais cedo, os motoristas estão nervosos, as ultrapassagens irregulares ocorrem a todo instante e todo mundo quer meter a cara embora não haja espaço. É um verdadeiro caos trafegar pela Augusto Montenegro à noite.
O que se estranha, é que se passaram todos esses anos e não se viu nada. Será que somente agora as verbas apareceram para realizar tamanho número de obras?
Poder-se-ia dizer: “Se não estivessem trabalhando, falavam; como estão trabalhando, falam”. Realmente! Mas, por que só se trabalha às vésperas das eleições e não durante todo o mandato?

SALADA
° Os belenenses vão ter oportunidade neste mês de conhecerem um pouco da cultura alemã. Haverá uma semana de intensas atividades para uma espécie de intercâmbio cultural, onde quem quiser participar de palestras, workshops e exibição de curta metragens não vai pagar absolutamente nada.
° Iluminação pública na capital paraense está cheia de falhas, mas o consumidor continua pagando caro por esse serviço que, agora, é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belém.
° Aliás, a Celpa tem falhado muito em seu serviço, pois o que mais tem se observado ultimamente, são interrupções no fornecimento de energia elétrica em diversos pontos da capital paraense.
° Com a volta às aulas e ao trabalho, é possível que as linhas de transporte coletivo urbano da capital voltem a circular com toda a frota. Quem ficou em Belém no mês passado e dependeu de ônibus, sofreu bastante com a espera por horas esquecidas pelo ônibus.
° Até as vans desapareceram em julho.
° Nessas horas, quem sai perdendo, como sempre, é o cidadão simples, que depende desse tipo de transporte e se vê obrigado a atuar os abusos.
° A Polícia Militar do Pará, com apoio da governadora Ana Júlia Carepa, fechou mesmo a bica de onde a população retirava água mineral gratuitamente, no bairro do Souza.
° A desculpa dada pelos policiais do Batalhão de Polícia Ambiental sobre as cenas de violência na área não colam, pois a malandragem continua e ninguém é levado preso.
° Até maconha e outras drogas usam no bosquinho às proximidades, mas os policiais fazem vista grossa.

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