Escola da marginalidade

ROBERTO BARBOSA

Um espetáculo de horror. É o que vê e sente a pessoa que precisa utilizar a passarela da Avenida Almirante Barroso, em frente à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal do Pará, em Belém. Jovens, uniformizados ou não, ficam ali a se drogar à luz do dia, a namorar e a mexer com transeuntes caso falem alguma coisa. Muitos acabam sendo vítimas de agressões ou de assaltos, quando se recusam a pagar o “pedágio”. E isso ocorre num ponto onde estão, além da PF, o 2° Batalhão de Infantaria de Selva, e mais três instituições de Ensino: o Colégio Estadual Pedro Amazonas Pedroso, a Escola de Governo Dom Macêdo Costa, a Escola Estadual Presidente Costa e Silva e o Preventório Santa Terezinha. O bairro é o Souza, onde se fala haver os menores índices de violência e marginalidade da capital paraense.
O local já foi palco de inúmeros encontros de turmas de alunos dos colégios estaduais Pedro Amazonas Pedroso e Souza Franco, que brigam por motivos torpes, coisa de quem não tem o que fazer, mas cujos encontros colocam em risco não apenas as vidas de quem deles participa, como quem está por perto por ter que usar a via pública.
Jamais se ouviu dizer que alguma autoridade tivesse tomado qualquer providência. Em função disso, já houve disparos de arma de fogo dentro do Pedro Amazonas Pedroso, onde alunos certos, que estão ali para se educarem, dizem ter medo de utilizar a passarela, pois correm o risco de serem agredidos por rivais do Souza Franco.
Sei quais são as atribuições da Polícia Federal, bem como, do Exército. Mas, acredito que o bom senso pode levar essas instituições a fazerem haver o respeito em suas áreas de acesso, o que, claro, não acontece. Uma vergonha, para parafrasear o jornalista Boris Casoy. Assim, com este artigo, alerto o Batalhão de Policiamento Estudantil, da Polícia Militar do Pará, assim como a Polícia Civil, no sentido de fazer incursões que coíbam essas práticas abusivas.

VADIAGEM
A Lei das Contravenções Penais prevê detenção para o chamado crime de vadiagem. Ora, se jovens, fardados ou não, estão na via pública fumando birra, namorando despudoradamente, fazendo algazarras mil, estão, portanto, infringindo a LCP. Portanto, passíveis de detenção.
É claro que, por serem jovens, não vão ficar muito tempo detidos, mas o fato de serem levados ao menos uma vez, com certeza, fará com que esse pessoal tome um chá de “simancol” e desapareça da área. Deixar as coisas como estão, é fomentar ainda mais a escola da marginalidade. Aí, não dá pra entender.

SALADA
° Comércio de Belém está super movimentado em função das compras para fim de ano.
° Movimento deve aumentar a medida que o mês for decorrendo em função do pagamento de abonos e do décimo terceiro salário, presente de fim de ano.
° Como já disse, eu, pegaria esse dinheiro, arrumaria minhas contas e passaria um Natal muito feliz.
° Quem for passar as festas de fim de ano em Marudá irá encontrar a bucólica suja e abandonada pelo poder público municipal de Marapanim.
° Reunião da governadora Ana Júlia Carepa com os prefeitos eleitos ou reeleitos ocorreu em meio ao grande temporal que caiu sobre Belém na tarde e início da noite de ontem.
° Alguns jornais da capital não deram, sequer, uma nota sobre o ocorrido.
° Este foi o primeiro encontro de Ana Júlia com os novos administradores municipais, ao fim do qual, foi servido um jantar.
° Encontro foi realizado no Hangar, sem grandes pompas e entrou pela madrugada desta quinta-feira.
° Entre os presentes estavam o prefeito eleito de São João da Ponta, Nelson Santa Brígida, que já vai começar governando com graves problemas financeiros.

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