É violência demais!

ROBERTO BARBOSA

Conversava na manhã de hoje com um jornalista que é repórter policial há muitos anos em Belém e lhe perguntava sobre sua opinião, por que tanta violência não apenas na capital do Pará, como em todo o Brasil. O homem de imprensa me dizia que há vários tentáculos para essa violência, mas acusa, principalmente, o desmantelamento da família, assim como, o relaxamento dos pais com relação à educação de seus filhos, que estão sendo criados bastante soltos, tudo, com apoio da sociedade civil organizada.
- Antigamente, se eu passasse no meio da conversa de meu pai, no mínimo, eu levaria uma tapa na cara ou aonde pegasse. Se isso acontece hoje, o pai é denunciado por maus tratos. O resultado é esse que você vê aí: filhos que não respeitam mais seus pais - disse.
Ora, se os filhos não respeitam mais nem os pais, como é que, na rua, vão respeitar as outras pessoas?
Eu, posso dizer que fui, na minha infância, um garoto normal, que fez muitas peraltices, mas, também, que apanhou um bocado. Também era pobre que doía.
Hoje em dia diz-se que quem é criado assim, tem poucas oportunidades de ser alguém na vida e acaba enveredando pelos caminhos da marginalidade. Não! Não é verdade. Envereda pelo mal caminho quem é mal criado e quem não recebe educação religiosa. Isso sim!
Bem, eu tive sorte, e perdi meus pais ainda em menor idade. Todavia, nunca desisti dos estudos, não tive nenhuma mágoa por ter apanhado um bocado e entrei na faculdade sem fazer cursinho coisa nenhuma, porque o dinheiro, mal dava para a alimentação diária.
Comecei no jornalismo aos 17 anos e já tenho, hoje, praticamente 30 anos de profissão.
Rico, não vou ficar nunca, embora trabalhe bastante. Todavia, digo hoje que são poucos os jovens interessados realmente em trabalhar e ganhar a vida honestamente, buscando conhecimentos, viajando para conhecer o mundo antes de se aventurar a criar uma família para depois ver que não era isso e abandonar a mulher com filhos, como se vê muito por aí.
Digo que isto, sim, a partir da falta de responsabilidade dos pais em educar livremente seus filhos – deixando de lado certas e idiotas leis – é também fator gerador de violência.

REVOLTA GERAL
Desde sábado – como não bastasse a morte do médico Salvador Namhias, as mortes de quase dez bandidos e três arrombamentos em agências do centro de Belém do Banco do Brasil –, está rolando bronca pesada no município de Igarapé-Miri, na região do Baixo-Tocantins, interior do Pará. Ali, por causa da morte de um empresário em circunstâncias violentas, a população se reuniu para depredar o Fórum local, de onde foram retiradas armas, queimados processos e furtadas motocicletas apreendidas como elementos de provas em processos diversos.
Quem praticou o crime contra o patrimônio público está errado? Sim, do ponto de vista social. Todavia, não fosse essa baderna toda, ninguém tomaria providências para minimizar a violência e denunciar que uma cidade com mais de 70 mil habitantes tem um efetivo policial minúsculo para dar a segurança que o cidadão necessita.
Por causa do ocorrido, o secretário de Estado de Segurança Pública, Geraldo Araújo, anuncia que providências enérgicas serão adotadas e que o Estado fará de tudo para aumentar o efetivo policial nos locais que estão com defasagem de pessoal.
Às vezes, infelizmente, a gente tem de partir para a ignorância para que alguma coisa funcione neste país. Infelizmente!

Comentários

Anônimo disse…
Caro Jornalista,

Que me dizes da matéria veiculada hoje nos jornais da ORM sobre o pronunciamento do deputado Wladimir Costa a respeito da desastrada gestão (ou má digestão) do delegado Justiniano Alves Junior como delegado-geral da Polícia Civil? Acho que você poderia municiar mais o deputado quanto ao perfil do delegado Justiniano! Quando o deputado chama Justiniano de sindicalista ele parece desiformado, pois, Justiniano, apesar de ter passado oito anos, isto mesmo, o-i-t-o (8) anos a frente do Sindicato dos Delegados não produziu nada, foi apenas para ficar sem trabbalhar na atividade policial. Ele nunca fez um inquérito na vida, so viveu de "boquinha" como assessor, assistente e outros cargos "aspone". O homem não entende nada de Polícia, so de faz-de-conta. É PHD em "capa", que é como se denomina a simulação no meio policial.

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