Dirigir não é sopa em Belém

ROBERTO BARBOSA

O Código Nacional de Trânsito foi criado para adequar as normas então existentes com os novos tempos e com a diversidade de cada lugar. Para motoristas profissionais, responsáveis e éticos, teria sido um grande avanço, não fosse a corrupção, o chamado “jeitinho brasileiro”, assim como a indústria da multa. As multas são pesadas e muita gente vem sendo multada de graça, dado não haver boa sinalização na cidade de Belém e as “araras” terem se reproduzido tão rapidamente como gostaríamos que fossem na fauna e na flora amazônidas e infelizmente não ocorre.
Motoristas de Belém ainda não se educaram para os 60km/h nos perímetros urbanos, sobretudo, aqueles que tiraram suas carteiras de habilitação recentemente e desfilam com possantes máquinas pela cidade. Quem dirige nos padrões de segurança estabelecidos, é “atropelado” com palavrões ou chamado para a briga, em função de que já ocorreram até cenas de violência por vários pontos da cidade.
Pior é que nessas horas, os guardas da Ctbel não aparecem, mas eles estão sempre por aí, à espreita, escondidos por trás das árvores para dar um silvo e puxarem o talão de multas. Muitos, apenas anotam a placa e ficam aguardando o motorista voltar para se “explicar”; quando isso não ocorre, lá vai a multa pra casa do cidadão.
Eu fui vítima de um desses profissionais despreparados da Ctbel. Nunca avancei um sinal e jamais atropelei alguém ou causei qualquer acidente pelas ruas de Belém ou qualquer outra cidade por onde já passei em mais de vinte anos como motorista habilitado. Passei com sinal aberto na bifurcação das avenidas Magalhães Barata, José Bonifácio e Almirante Barroso. Um desses guardas estava batendo um papo daqueles que precisa de cerveja e tira-gosto. Sem mais nem por que, ele apitou e fez algum sinal que não entendi. Como não cometo erros no trânsito para não me aborrecer ou causar aborrecimentos, fui-me embora, afinal, nada tinha feito.
Resultado: dias atrás, recebi a multa, em minha casa, de que avançara o sinal.
É claro que vou recorrer, mas, já me avisaram: esses recursos, parece que de nada adiantam, porque o motorista sempre perde, afinal, a multa virou uma indústria coletora de recursos para os cofres da Prefeitura, que mantém ruas esburacadas, cheias de costelas de vaca, sem sinalização, alagadas, com entulhos cheios de paus com pregos para furar pneus, entre outras irregularidades que deveriam ser passíveis de multas contra o poder público, mas, como somos sempre nós quem pagamos o pato, então, quem vai se danar?

SALADA

° E Belém anoiteceu no domingo e amanheceu ontem sob chuvas. Mais uma vez, ruas ficaram alagadas, transtorno rotineiro quando o belenense é pegado de surpresa com aguaceiros que podem acontecer a qualquer momento.

° Previsão do tempo para hoje é de chuvas a qualquer momento.

° Ultimamente também vem ocorrendo muitas interrupções no fornecimento de energia elétrica pela cidade. Com palavra a Celpa.

° Degradantes as cenas ocorridas durante a partida entre o Botafogo e o Náutico, no Recife. Ali, todo mundo errou, inclusive quem manteve fechado o portão do vestiário do time carioca que levou um banho de 3X0.

° TREs serão instruídos pelo TSE a rejeitarem as candidaturas de quem tem ficha “suja” e passado com broncas. Não sei por que o Pará não figura na lista para que o TRE seja rigoroso.

° Rigor ocorrerá, sobretudo, em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

° Aqui no Pará, o que tem de candidato que deveria estar na cadeia, não está no gibi.

° Há muito tempo que nós, jornalistas, viemos sendo tolhidos em nossa liberdade de trabalhar e bem informar a coletividade. O que ocorreu no Rio de Janeiro, com colegas do jornal “O Dia”, não é nem uma novidade.

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