Jornalismo por excelência no jornal semanário "O Correio Dominical"

ROBERTO BARBOSA

Amanhã completam 29 anos que eu lançava, em Belém, o jornal “O Correio Dominical”, que tinha esse nome por influência do “Correio Brasiliense” e por analogia, dado que circulava sempre aos domingos, daí o dominical. Era o ano de 1979 e o País vivia uma fase de incertezas, início do governo do então general de divisão João Baptista Figueiredo d’ Oliveira .Já se falava, então, em Abertura Política, as lutas da esquerda aconteciam nos bastidores, havia uma série de jornais com tendências esquerdistas, mas que visavam a liberdade de imprensa, a democracia e a melhora de vida dos brasileiros que, apesar da Nova República e dos governos que se seguiram até os dias de hoje, esses objetivos não se concretizaram plenamente, apesar de a esquerda hoje estar calada, sem discursos para combatê-la, visto estar no poder pela mão de Luiz Inácio da Silva.
O “Correio Dominical”, além das idéias de liberdade, primava pelo bom jornalismo, isto é, feito com ética, com decência, com responsabilidade e ainda circulou por muitos anos.
Ali, eu também iniciava a minha carreira profissional, contando com 17 anos de idade.
Posso afirmar, caros amigos leitores que, no que pese o idealismo de então, eu continuo com a mesma caneta, de ouro quando se fala em escrever a verdade, nada mais que a verdade; em ir buscar a notícia pura e simples, o novo, sentindo o direito e o dever de bem informar para poder ajudar a humanidade a escrever sua história.
São 29 anos totalmente dedicados ao jornalismo, às letras através do texto jornalístico, da prosa, da poesia, dos ensaios e de redações diversas a narrar fatos que aconteceram, o inusitado, o factual, a história, resgate da memória. Enfim, milhares de reportagens que não ouso, em minha humilde função pública de repórter, destacar alguma como de grande importância, pois ainda estou procurando o que é mais importante e que, talvez, não encontre até o final de minha existência, onde procuro fazer, como diz o Professor e Dr. Camilo Viana, a minha parte e correr atrás da vida, porque a morte já é certa.
Lembro com saudades, e olhem que sofri muito, abdiquei de tantos prazeres mundanos em função do mister e sublime missão de bem informar. Isso não é virtude, mas um projeto de vida, o de ser jornalista e, em nome dessa missão, fazer tudo para que ela brilhe plenamente.
Não me arrependo de ter escolhido esta profissão. Riquezas, não as fiz mas, do meu trabalho, venho conseguindo sobreviver e manter minha família, mulher, filhos e netos, assim como fiz do meu trabalho, o meu prazer.
Foi assim, em meio aos folguedos de São João, que eu despertei para a vida plenamente vivida.

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