Em época de crise ninguém paga ninguém

ROBERTO BARBOSA

Depois que estourou a crise financeira nos Estados Unidos da América e que no Brasil nossas autoridades disseram, inicialmente, que não seríamos atingidos, mas, agora, o governo adverte para se ter cautelas, quem tem dinheiro passou a fechar a bolsa e ninguém paga mais ninguém. Conversando com um advogado, outro dia, ele me dizia: “é essa crise. Incrível, né? A coisa é lá pra fora, mas é interessante como atinge todo mundo, até mesmo aos pequenos”.
Ouvi, também, o comentário de que é em época de crise que se faz bons negócios. Hoje, os jornais dizem que os bancos oficiais irão diminuir as taxas de juros, o que não acontece com os bancos da iniciativa privada, que taxam e sobretaxam sem misericórdia do bolso do já combalido povo brasileiro, cujas finanças diminuem a cada dia, embora o governo diga exatamente o contrário com seus pares em Brasília.
Certo é que, nesta fase que se fala mais em crise – porque, quem ganha pouco vive constantemente em crise, - quem deve, aproveita para não pagar mesmo; outros aproveitam para se darem bem.
Sabe por que acontece isso? Por causa da má distribuição de renda no Brasil, onde os salários são super achatados, os juros são super altos e é exatamente quem ganha pouco que mais parece ter a necessidade de fazer dívidas com coisas supérfluas.
Por exemplo: estamos em fase de pagamento de décimo terceiro salário. Se formos fazer uma pesquisa, iremos perceber que boa parte da população está endividada, mas espera, com o décimo, não organizar as contas, mas sim, poder adquirir coisa com que está sonhando. Não seria melhor quitar as dívidas, equilibrar as contas e depois pensar em poder aquisitivo?
Seria, mas não é assim que a maioria dos brasileiros faz. O resultado é este: dívidas em cima de dívidas e, deste modo, a falência da economia, com baixas vendas e aumento do desemprego, embora os comerciantes estejam esperando o aumento das vendas por causa das festas de fim de ano.
Se quem estiver endividado pensar em quitar suas dívidas, ou renegociá-las para melhor respirar, em fase de crise, estará fazendo um bom negócio, dando um passo para sua independência financeira em definitivo. E a economia começa a partir das pequenas coisas.

SALADA
° Outro dia eu ouvia de uma senhora, no Comércio, que, para ela, esses comerciais, as músicas de Natal, já não mais lhe emocionam.
° Dizia que isso só serve para movimentar o comércio, mas que acabou a inocência das crianças, porque os pais mesmos não querem mais saber da magia do Papai Noel.
° E acrescentava que as pessoas falam de Natal, mas não lembram do verdadeiro sentido, que é o nascimento de Cristo no coração das pessoas para que se tornem melhores e mais felizes.
° Com efeito, eu lhe dou toda razão.
° Os temporais em Santa Catarina são, sem dúvida, a pior tragédia que se registrou durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva que, ontem, estava perplexo com o que via ao sobrevoar, de helicóptero, áreas castigadas pelas enchentes e deslizamentos de morros que já causaram aproximadamente cem mortes.
° Toda vez que um crime de grandes comentários acontece e os seus autores são presos, logo aparecem defensores invocando a velha máxima de que esses criminosos são doentes mentais.
° Instrumento usado pelas defesas para atenuarem condenações de bandidos.
° A Polícia agiu rápido na elucidação do crime contra o advogado José Francisco Vieira. Foi até Fortaleza buscar dois dos criminosos.
° Por que não acontece com a mesma celeridade as prisões de criminosos que matam pessoas comuns na capital paraense?

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