Minc tem força de vontade, mas...

ROBERTO BARBOSA

Esse mas é que me deixa aflito! O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que esteve pessoalmente em Paragominas vendo a situação causada por criminosos que tiveram apreendidas carretas com madeiras extraídas ilegalmente da selva amazônica, disse que vai mostrar que neste país tem homens e tem leis, e que bandidos vão pra cadeia. Falou bonito e falou bem.
Eu, pessoalmente, acredito no bom senso e na força de vontade do ministro do governo Lula, porém, tem um adendo e é isso que estraga: bandidos têm direito amplo à defesa, e tem a máxima de que, enquanto a pessoa não é julgada, condenada e essa sentença transitado e julgado, qualquer um é inocente. O que não falta, são rábulas encarregados de defender bandidos que estão causando não uma, duas, dez, mas milhares de mortes, ao destruírem o meio ambiente, do qual, com certeza, dependem nós, atuais viventes da Amazônia, e toda a futura geração.
Colocar esses criminosos que degradam o meio ambiente, provocam revolta nas cidades, invadem órgãos públicos e destroem o patrimônio público, é o correto, porém, com certeza, nas nossas leis, caducas e cheias de contrações, são encontradas as brechas que, bem manipuladas, levam a Justiça a colocar essa gente de volta às ruas para crimes até maiores.
Perguntar nunca ofendeu ninguém: quem é que já causou tumultos em cidades, depredando o patrimônio histórico, colocando autoridades para correr em diversos episódios pelo Estado do Pará e que se encontra recolhido, ainda hoje, à disposição da Justiça, pagando por seus crimes?
O que se viu em Paragominas é violento – sem se falar no que já ocorreu no passado, quando o município era até conhecido por “Paragobala”. Os rigores da lei deveriam ser aplicados, como o quer o ministro Carlos Minc. Entretanto, caberá ao Ministério Público Federal agir com dureza, participar diretamente das investigações e fechar todas as válvulas encontradas nas leis, a fim de que essa gente seja, de fato, punida; a fim de que esse pessoal indenize, através das multas aplicadas, o Estado pelos danos causados; e que sejam obrigados a reflorestar as áreas degradas.
Só assim, estaremos, efetivamente, começando a caminhar para melhorar as coisas no que diz respeito à defesa do meio ambiente, que, nesta sexta-feira, recebe até uma boa notícia, vinda do Instituto do Homem e do Meio Ambiente-Imazon, com relação à queda no índice de desmatamento da floresta Amazônica no Estado do Pará. Entretanto, essa queda, ainda é pequena par ao que já destruíram de nossas matas e, com elas, a fauna, afugentando as espécies animais ou matando-as, extinguindo algumas delas e que nunca mais, claro, serão recuperadas. Mas ainda dá tempo de fazer alguma coisa pelo meio ambiente e pelo futuro da humanidade.

SALADA
° Denúncias de poluição do mar e rios no município de Vigia são preocupantes, apesar de os denunciados jurarem que usam o aterro sanitário municipal.
° Todo mundo flagrado ou acusado de crime ambiental se defende da forma mais conveniente, lógico.
° Fala-se em melhorar a administração do Paissandu, agora com novo organograma. Por que não se fez isso antes?
° Se a governadora Ana Júlia Carepa não se espertar, ela vai perder a eleição em 2010. Que governo parado!
° Em Brasília, Lula ainda tem esperanças na decolagem de Dilza Roussef, ministra da Casa Civil, para sucedê-lo nas próximas eleições. Do contrário, o PT não tem outro nome forte que possa enfrentar, efetivamente, um eventual José Serra, governador de São Paulo.
° Geraldo Alckimin já teve sua oportunidade. Não dá mais pé.
° O fim da tradicional voz chamando os passageiros para os vôos no Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans) é lamentável.
° Podem crer que haverá confusão no aeroporto, com pessoas a perder seus vôos.
° E isso não é nada bom, porque perder um vôo e remarcar significa pagar multas altíssimas para as companhias aéreas.
° Uma multa que é questionável e não tem razão de existir.

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