Situação econômica é preocupante

ROBERTO BARBOSA

O presidente Lula não teve mais como conter a grave situação por causa da crise econômica mundial. No Brasil, a queda no Produto Interno Bruto foi de exatos 3.6 percentuais no quarto trimestre, depois de um crescimento de 5.1 percentuais no ano passado. Ele esteve reunido com a equipe econômica, todavia, os analistas políticos e econômicos são enfáticos num ponto crucial: os juros tem de baixar urgentemente, o que deve acontecer na próxima reunião do Copom.
No final do ano passado, a crise já dava sinais de que o Brasil não estava imune, pois as vendas caíram em todos os segmentos, principalmente para as festas de fim de ano.
As promoções que foram lançadas e pegaram muita gente, agora foram desmascaradas. Quem comprou demais, já sabe que está encrencado bastante e o remédio, agora, é pagar tudo, apertar tudo e dar um tempo, para se falar num português bem popular.
Guido Mantega, ministro da Fazenda, admite, com o apoio de Lula, que o crescimento na economia brasileira será bem menor neste ano de 2009. Para não alarmar, ele descarta os riscos de uma recessão, o que não é verdade, tanto quanto não o era a marolinha do presidente da República no final do ano passado.
Na verdade, já estamos em recessão, pois não há investimentos nos setores de serviços, indústria, comércio, exportações. Em São Paulo, onde há um dos maiores terminais de cargas do país, há milhares de caminhões parados à espera do que transportar e não existe previsão de que as coisas melhorem. Os caminhões estão parados, caminhoneiros endividados e já correndo risco de terem seus veículos apreendidos por causa de inadimplência com os bancos, além da falta de infra-estrutura higiênica para que esses motoristas se acomodem e esperem pacientemente até que seus veículos peguem um frete.
Outro indicativo, foram as demissões e férias coletivas concedidas pela indústria automobilística, a falência de milhares de pequenas e microempresas, e o alto número de inadimplência no comércio, além das comunicações de acento dos nomes de pessoas endividadas nos serviços de proteção ao crédito.

PERIGO
De acordo com analistas políticos, em geral, quem enfrenta com mais dificuldades essas crises, no lado da população de um modo geral, são as pessoas de baixa renda. Porque sempre estão em crise, essas pessoas não param de fazer compras, ainda que não tenham em seus orçamentos, condições para efetuar os pagamentos. O resultado é o aumento do alto índice de inadimplência, que redunda em demissões, mais gente no mercado informal e o freio na circulação de moeda.
Barack Obama, que afirmou ter certeza que os Estados Unidos da América estará mais forte ao final da crise, não dá essa certeza para países insurgentes, nem em desenvolvimento como os da América Latina. Assim, é possível que a crise se estenda por muitos anos nesta região americana e, o que é pior, com uma inflação não camuflada bastante galopante.

SALADA
° Não posso dizer que chega a ser cômico para não falar trágico, pois só vejo uma situação trágica a intervenção no Pará pedida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), com relação a uma posição do Governo do Estado para fazer cumprir os mandados de reintegração de posse concedidos pela Justiça.
° Digo isso porque, a respeitada senadora, faz esse apelo ao TJE do Pará, no momento em que mais um escândalo estoura em Brasília, o do pagamento de cerca de R$ 6 milhões para horas extras ao funcionalismo chamado para trabalhar em plena época do recesso parlamentar no Senado da República.
° José Sarney, o presidente do Senado, quer que os funcionários que foram beneficiados, devolvam o dinheiro, mas já se fala em parcelamento dessa dívida.
° Burburinhos corriam frouxos, ontem, pelos corredores do Congresso Nacional.
° Ademais, quem mais faz invasões, isso ninguém discute, é o pessoal do MST, que tem o apoio do presidente Lula e até recebe uma verba que vem sendo discutida.
° Por outro lado, para escapar a vexame de uma intervenção, a governadora Ana Júlia Carepa – que já tem um irmão respondendo por crime na CPI da Pedofilia, - certamente determinará à Polícia Militar do Estado, o cumprimento dos mandatos.
° Todavia, a PM irá exigir, e exigir muito para se aventurar nessa empreitada, o que emanará gastos com viaturas, material humano, hospedagens.
° E mesmo assim, não serão cumpridas todas as reintegrações determinadas pela Justiça, pois o caso das invasões de terras no Pará é antigo, há direitos adquiridos, além do que, centenas de pessoas já morreram por essa causa.
° Mais dois assassinatos são registrados na capital paraense e zona metropolitana sem que os criminosos sejam identificados e presos.
° Nos dois casos, jovens foram executados e a Polícia suspeita tratarem-se de crimes de acerto de contas entre bandidos, possivelmente em função do tráfico de entorpecentes.
° Nas duas ocorrências, registradas no bairro do Guamá, subúrbio de Belém, e no 40 Horas, na Zona Metropolitana, as testemunhas preferiram calar, com medo de represálias.
° Nessas alturas dos acontecimentos, são os policiais que tem de dar seu jeito para investigar e, talvez, chegar a uma solução para cada caso, pois, nem as famílias, sabem dar explicações que levem ao início, pelo menos, das investigações.

Comentários

Anônimo disse…
Mas o Lula diz que não. Dá pra acreditar nele?

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