Convulsão X regressão social

ROBERTO BARBOSA

O mundo parece estar em convulsão. Igualzinho a uma música do cantor Ritchie que fez muito sucesso nos anos 80 e cujo nome não lembro agora – só do sucesso “Menina veneno”. Na China, às vésperas das Olimpíadas, ocorreu aquele terremoto que já matou 43.3 mil pessoas. Uma catástrofe sem precedentes, de onde estamos vendo verdadeiras lições de vida, de pessoas que estão fazendo esforços sobrenaturais para sobreviverem aos sofrimentos – dores fortes, fome, frio, sede, peso dos escombros.
E no Brasil? Ah, o Brasil! Estamos vendo dois fantasmas: a volta da inflação, que nunca desapareceu – apenas era maquilada pelos números do governo federal, - e do imposto do cheque.
Desde a noite de ontem, na novela “Duas Caras”, observa-se as duas faces do Brasil, este país maravilho verde-amarelo, azul-anil.
Um Brasil de miséria total, onde não se sabe como vai ser o amanhã, o que se vai botar na panela.
Tem milhares de pessoas que têm fartura na mesa, esnobam, gastam dinheiro sem pena nem dó, ao ponto de darem meio milhão de reais em um único anel. Tem automóveis de mais de dois milhões de reais postos à venda no mercado interno. Em contrapartida, existem milhões e milhões de pessoas que acordaram e voltaram a dormir sem terem colocado um gole de café na boca por pura pobreza, miséria. E observe-se bem: são pessoas que trabalham muito, ainda que em subemprego, todos, lutando por um lugar ao sol que parece não brilhar para todos.
Fico, às vezes, vendo e ouvindo esses políticos a dizerem em discursos o tempo todo, que foram liberados milhões, bilhões. Esse dinheiro, no entanto, não chega nas mãos do legítimo proprietário, o povo. Só “partículas” desse todo é que colocam as mãos nessa verba preta. Meu Deus!
É uma tristeza ver todas essas aberrações. E o pior, é que quando a gente dá uma de doido e esclarece, tem gente a nos criticar e dizer que estamos a viajar na maionese, isso quando não somos esmagados por processos na Justiça, normalmente usada como forma de censura para calar a quem faz opinião, forma opinião.
O mundo está, sim, em convulsão.
Se formos observar na história, as perversidades dos tempos medievais, e verificarmos as perversidades do mundo de hoje, é possível que se chegue à conclusão que o homem continua a regredir, a arrumar mais e mais instrumentos de destruição pra si e pra humanidade.
Vou continuar este assunto, nas próximas publicações, à medida que for devaneando, pois não quero ser cansativo. Fim de papo!

SALADA

° Os índios que atacaram o engenheiro da Eletrobras Paulo Fernando Rezende, certamente, não agiram por si só.

° Na minha opinião, outras pessoas os incitaram a agir, já que eles são inimputáveis perante a Lei.

° Afinal, o tema debatido, é o mesmo que vem sendo alvo de críticas e defesas há muitos anos: a construção de empreendimentos hidrelétricos no Rio Xingu.

° Quem perde? O Pará, que leva, a nível nacional, mais uma cena forte de violência em seu interior.

° Se a sociedade civil organizada vive a combater e denunciar violências, prostituição e escravidão de menores, por que não moraliza, também, no sentido de retirar das ruas, os menores que vivem a cheirar cola e a beber sob as vistas de todo mundo?

° Quem nunca viu menores se drogando no centro da cidade de Belém, leia-se Avenida Presidente Vargas, Praça da República, Ver-o-Peso?

° Avenida João Paulo II, trecho compreendido entre a Avenida Dr. Freitas e o Ramal do Utinga, no bairro do Marco, área do Curió, foi transformado em lixão a céu aberto.

° A imundície é tamanha no local. Fedentina, lixo e mato entulhados, ratos à vista.

° Se a Prefeitura de Belém não cuida da limpeza, a população local também ajuda a emporcalhar a área que tem rua paralela, com o mesmo nome, asfaltada, mas imprópria para o tráfego de veículos, devido a tamanha quantidade de sobras de madeiras com pregos para furar os pneus dos carros.

° Tem água empossada e, o pior, por lá, bem no meio, passa a adutora da Cosanpa que leva água para as torneiras das residências da maioria da capital paraense.

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