UGT-Pa marcha pela redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas

ROBERTO BARBOSA

Apesar da greve dos rodoviários, a direção regional da União Geral dos Trabalhadores do Brasil no Pará pretende reunir, hoje de manhã, na sede da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Pará-Fetracom, à Avenida Alcindo Cacela, no bairro da Cremação, em Belém, 250 trabalhadores que irão Marchar pelas ruas da cidade até a Assembléia Legislativa, onde ocorre o I Seminário de Redução da Jornada de Trabalho de 44 para 40 horas semanais. A informação foi prestada, ontem, pelo presidente da UGT-Pará, José Francisco Pereira, que estará reunido com representantes de todos os sindicatos filiados à central sindical, assim como dos setores da indústria, comércio e agro-negócio, além de deputados estaduais e federais, e de Roberto Sena, diretor do Dieese Pará.
Antes do início da caminhada, os trabalhadores participarão de um café da manhã ofertado pela UGT-Pa. Na Assembléia Legislativa, eles debaterão a questão da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, gerando emprego e distribuindo renda com valorização do trabalho. Segundo José Francisco Pereira, o debate acompanha uma série de seminários que está acontecendo por todo o Brasil no dia de hoje. A UGT está empenhada, neste contesto, a conseguir pelo menos cinco milhões de assinaturas de trabalhadores e empregadores, reforçando, deste modo, a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional de autoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz inicialmente a jornada de trabalho para 40 horas e, posteriormente, para 35 horas semanais.
Se aprovada essa PEC, diz José Francisco, “será uma vitória para o povo brasileiro, gerando mais de 2,2 milhões de empregos no mercado formal, conforme estudos do Dieese, número esse que cresce em mais de um milhão de empregos, se houver uma regulação rigorosa e restritiva de horas extras e de bancos de horas”.