Trabalhadores em supermercados ganham 6% de aumento salarial no Estado do Pará

ROBERTO BARBOSA

Um aumento da ordem de 6%, cobrindo a inflação. Este foi o resultado das negociações referentes à data-base de 1° de março dos trabalhadores em supermercados do Estado do Pará com os empresários supermercadistas. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Atacadista e Varejista de Gêneros Alimentícios no Estado do Pará, Antonio Caetano de Souza, informou que a pretensão dos trabalhadores era um aumento conforme o reajuste de 10% concedido pelo Governo Federal para o salário mínimo. Entretanto, o percentual conseguido é considerado por ele uma vitória, em face ter coberto a inflação acumulada de 5.43%, e, também, por terem sido mantidas os noventa dias relativos a prazos para descontos de horas trabalhadas com compensação de folgas.
Pelo patamar conseguido com as negociações, os trabalhadores profissionais de supermercados passam a receber salário de R$ 480,00, e os que têm seis meses de carteira assinada ficam com R$ 447,50, mais o banco de horas de noventa dias com jornada semanal de 44 horas.
De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Estado do Pará, José Francisco Pereira, as negociações feitas entre as classes trabalhadoras e as patronais têm ficado, em geral, abaixo das expectativas, porém, ele ressalta que tem havia avanços na relação entre trabalhadores e empregadores, prova disso, a vitória na questão da convenção coletiva de trabalho e que leva o comércio de um modo geral a fechar em pelo menos cinco feriados, o que não acontecia até meados de março, em desacordo com lei federal aprovada pelo Congresso e sancionada em dezembro do ano passado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Agora, os trabalhadores podem se programar, porque não trabalham mais no Natal, Ano-Novo, Nossa Senhora de Aparecida, Dia do Trabalho e no feriado dos comerciários, quando os supermercados e o comércio, de um modo geral, fecham cem por cento, uma vitória dos trabalhadores”, acrescentou.
Zé Francisco diz que esse acordo de trabalho é válido apenas para o município de Belém, mas que, nas demais cidades paraenses, o comércio deve fechar cem por cento em todos os feriados.

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