Greves fazem de Belém um inferno

ROBERTO BARBOSA

Começou com os professores, que paralisaram atividades há pouco mais de um mês e não aceitam voltar ao trabalho porque não chegaram a um acordo quanto a aumento de salários pelo Governo do Estado. Os rodoviários começaram a negociar e entraram em greve, paralisando o transporte coletivo urbano, na terça-feira, em cem por cento. Ontem, poucos ônibus voltaram a circular, mas a cidade parou também.
Com dificuldades, as pessoas estão chegando em seus empregos, utilizando-se de transporte alternativo, cujas passagens são cobradas de R$ 1,50 a R$ 2,00 ou mais, dependendo do horário, do trajeto e, em alguns casos, da cara do passageiro ou do motorista. Até isso!
Para completar, na noite de ontem, ladrões, aproveitando-se da grave situação da falta de ônibus, invadiram um micro ônibus armados com revólveres. Houve tiroteio. Morreram um bandido e uma senhora que estava a bordo como passageira.
Desesperado, um dos bandidos fez refém o cobrador e fugiu, mas foi perseguido por populares, surrado e depois entregue às autoridades. O homem foi levado em estado grave para o Hospital Metropolitano de Belém, assim como duas outras pessoas que também saíram feridas.
Algumas empresas decidiram hoje, por medida de segurança, encerrar mais cedo o expediente, a fim de que funcionários procurem voltar em paz para casa, dado que, a cada momento que fica mais tarde, mais difícil é tomar uma condução de volta para casa, principalmente na zona metropolitana.
Segundo policiais civis e militares, todo o contingente está de serviço e em alerta, mas o maior vigia é cada um por si. Alertam que é preferível as pessoas seguirem em grupos para os pontos de ônibus perto de seus empregos e procurarem tomar as mesmas conduções. Evitar ficar sozinho no ponto, posto que os criminosos estão sempre por perto e a Polícia não tem homens suficientes para cuidarem de cada esquina.

SITUAÇÃO GRAVE
De acordo com informações no final da manhã de hoje, houve quebra-quebra entre rodoviários na área da Praça do Operário, em São Braz. A greve continua por tempo indeterminado, embora, segundo a categoria, estejam sendo mantidos 40% das frotas nas ruas, o que não ocorre em todos os bairros.

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