Tentáculos do crime no covarde
assassinato de rapaz em Mosqueiro
assassinato de rapaz em Mosqueiro
Foto: Ascom/Polícia Civil
Uma história que envolve nuances de tráfico de drogas, ciúme e sedução que terminou com o bárbaro assassinato do jovem Patrick Botelho da Silva, de 16 anos, na noite do dia 20 do mês em curso; uma vingança planejada e que começou a ser traçada em janeiro. A história foi narrada por volta das 11 horas desta manhã pelo delegado geral da Polícia Civil do Pará, Nilton Athayde, que apresentou em coletiva à imprensa os matadores do adolescente, Francisco Moura Maciel Júnior, de 23 anos, e José Paulo Santos Costa, 18. O primeiro foi o mandante do crime e há uma terceira pessoa sob investigação, que está com mandado de prisão decretado pela Justiça a pedido da Polícia.
Júnior, que é acusado de planejar o crime e liquidar a vítima com quatro facadas, agiu por ciúmes de sua namorada, que era amiga de Patrick, com o qual confidenciava seus problemas, inclusive, que era constantemente agredida pelo namorado, traficante de drogas de Mosqueiro, homem jovem, corpulento e impiedoso.
Segundo a Polícia, José Paulo confessou o crime. Ele contou em depoimento que devia dinheiro de tráfico para Júnior e, como não tinha condições de saldar a dívida, foi contratado para atrair Patrick até a Praia Grande, onde a vítima foi liquidada com requintes de perversidade, tendo sido amarrada com suas vestes.
O delegado de Mosqueiro, Nilton Neves, informou que sobre a possibilidade de Patrick ter sido abusado sexualmente, a informação ainda não está confirmada, pois depende do laudo a ser fornecido pelo Instituto de Medicina Legal, que periciou o corpo da vítima, porém, descartou que o jovem tenha sido também atropelado.
De acordo com o delegado Geral Nilton Athayde, que concedeu a entrevista coletiva ladeado pelo delegado de Mosqueiro, Nilton Neves; pelo delegado de Polícia Metropolitana, Roberto Teixeira, e pelo delegado Gilvandro Furtado, da Divisão de Homicídios, as investigações transcorrem sob segredo de Justiça e ainda não estão concluídas. Em função disso, ninguém pôde fazer perguntas aos dois acusados.
Athayde falou também que todas as evidências apontam para os acusados, sobretudo em função da confissão de José Paulo, tanto assim que a Justiça decretou a prisão provisória deles, que seguirão ainda hoje para uma unidade do Sistema Penal do Estado, bem como, da terceira pessoa envolvida, cuja identidade foi mantida sob sigilo para não prejudicar as investigações, que foram desenvolvidas, desde o primeiro momento, pela Seccional Urbana de Mosqueiro, com apoio da Divisão de Homicídios e da própria Delegacia Geral. Inclusive, na sexta-feira passada, o chefe de Polícia, Nilton Athayde, esteve pessoalmente em Mosqueiro verificando o andamento dos trabalhos para a elucidação do caso que, ao seu ver, está praticamente solucionado.
"Nós continuamos levantando todos os elementos, as investigações continuam. Se houver mais gente envolvida, vamos descobrir, mas não resta dúvida, as evidências mostram que estamos no caminho certo e que pegamos o mandante e executor, bem como, um dos co-autores deste bárbaro crime que chocou a sociedade e por isso os estamos agora apresentando à imprensa, como forma de prestar satisfações a vocês e à sociedade", disse o delegado geral.
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