Legislando em causa própria

Edmar Moreira, ao que parece, não será punido. Foto: G1

ROBERTO BARBOSA

No meu comentário de ontem eu falava sobre um odor de pizza podre no Senado. Entretanto, o odor, ao que parece, vinha da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, onde o Edmar Moreira, o “Castelinho” (de R$ 25 milhões), no interior mineiro, está prestes a ser definitivamente absolvido, apesar de ter usado verbas indenizatórias da Casa para pagamento de segurança e de dívidas de empresas particulares, quebrando, deste modo, o decoro parlamentar. O primeiro relator do pedido de cassação contra o deputado acusado de corrupção, foi o deputado piauiense Nazareno Fonteles que, ao ver as manobras para a rejeição de seu relatório, se revoltou e disse que naquele dia o Conselho de Ética perdia ponto em seu conceito.
O presidente do CE, baiano José Carlos Araújo, indicou novo relator o deputado gaúcho Ruy Pauletti, que teria de fazer um relatório pedindo a absolvição completa de Edmar Moreira, mas esse recusou imediatamente o cargo por entender que não resta outro caminho senão a cassação do parlamentar. Todavia, o deputado gaúcho não pode declinar da encomenda por não ter renunciado em plenário.
Não se sabe como as coisas vão terminar, porém, o Conselho de Ética está mesmo disposto a não aplicar nem pena branda para Edmar Moreira, que já ocupou inclusive o cargo de corregedor da Câmara dos Deputados.
Corporativismo puro, que está denegrindo cada vez mais a imagem das duas casas que compõem o Congresso Nacional.
Edmar Moreira, se absolvido ou punido com pena branda, continuará rico, dono de empresas e um castelinho milionário, além do poder revestido com o mandato de deputado federal. Sua única punição, no futuro, poderá ser a sua rejeição pelo eleitorado, porque, na Câmara, “tá difícil”.

FILA QUILOMÉTRICA EM SÃO BRAZ
Apesar de ser uma quinta-feira e de ainda se observar muita gente na capital paraense, muito trânsito congestionado e tudo o mais, as filas, nesta manhã, eram quilométricas no terminal de coletivos urbanos com passagem de R$ 1,70 para Mosqueiro. O belenense tem procurado as praias de Mosqueiro e Outeiro para se refrescar do calor do verão paraense que tem atingido temperaturas de até 36 graus.
O final de semana que se aproxima deverá ter fiscalização redobrada das autoridades nas rodovias estaduais e federais com destino aos mais longínquos locais do Estado, dado que, no primeiro final de semana, ocorreram vários acidentes, inclusive com registro de mortes.

SALADA
° Em função das férias de julho, também nas sextas-feiras será diminuído o expediente em órgãos como a Divisão de Polícia Administrativa, no horário de 8 às 12h.
° Aliás, nesta fase, os promotores de festas se mudam todos para os mais badalados pontos de veraneio, onde fazem suas festas com aparelhagens sonoras.
° Poucos eventos se realizam em Belém e, deste modo, não adianta manter a equipe a todo vapor no órgão.
° Todavia, essa mesma equipe se reveza e viaja para esses locais a fim de manter a fiscalização no setor de diversões públicas e aumentar a arrecadação para a Polícia Civil e Estado.
° Registro, com carinho, o aniversário natalício do Padre Jeocimar Santos, ocorrido na segunda-feira passada. Os fiéis da Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, no Tenoné, comemoraram a data na véspera, domingo, depois da missa das 18h. Na ocasião, festejaram, também, todos os aniversários ocorridos no primeiro semestre entre os leigos e colaboradores da paróquia.
° A morte de Michael Jackson acabou fazendo com que as pessoas procurassem por seus maiores sucessos, alguns dos quais tem sido executados com freqüência nas emissoras paraenses de rádio AM e FM.
° Os camelôs também estão vendendo bastante os CDs do pop star. Todos piratas, claro.
° A direção do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará pediu à Delegacia Regional do Trabalho, evite, até o dia 20 deste mês, expedir qualquer registro profissional para jornalista sem o diploma de Curso Superior, até que haja uma tomada de posição definitiva sobre o assunto pela Federação Nacional dos Jornalistas-FENAJ.
° Segundo as informações no Sinjor, ninguém vai ficar sem o registro, mas há a necessidade de que todos os casos sejam devidamente estudados para evitar que a coisa toda fique anarquizada, mais do que já está.

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