Pizza estragada no Senado Federal

ROBERTO BARBOSA

Quando presidiu a sessão do Senado Federal, ontem, José Sarney parecia um pavão todo estufado, afinal, está contando com o apoio do super poderoso presidente Lula. Falou até que, revestido de sua autoridade, iria mandar apurar todos os fatos que estão em questionamento. Nos corredores da Casa, tem senador falando que há um forte odor de pizza estragada. Todavia, a ala “rebelde” do PT quer porque quer o afastamento urgente do presidente do Senado, para que as irregularidades então detectadas sejam devidamente apuradas.
Uma reunião estava marcada para decidir o futuro de Sarney, mas foi adiada ainda ontem.
Lula, por seu turno, diz que a saída de Sarney poderá comprometer a governabilidade da Casa, assim como, os planos do Poder Executivo, posto que um senador de oposição, Marconi Perillo (PSDB-GO) assumiria no lugar do presidente por ser o vice-presidente da casa. A saída, neste caso, seria a renúncia ao cargo, quando então, o vice teria que convocar nova eleição segundo o regimento interno.
Fala-se em crise institucional. Concordo, mas acho que para que a crise acabe de uma vez por todas – espera-se! – seria necessário esperar as próximas eleições, ano que vem, e se retirar toda essa turma que está lá, não deixando que nenhum volte mais. Ainda não daria para encerrar a crise, porque muitos senadores ainda permanecerão por mais quatro anos, mas, já seria de grande proveito uma mudança radical.
Aí sim, eu digo que nós começaríamos, nós mesmos, a fazer mudanças, porque, se depender desse pessoal que está em Brasília, assim como em toda parte deste país verde-amarelo, nós é quem vamos continuar sempre entrando pelo cano, como já o fazemos há tantos anos.

SALADA
° Seis mortes já foram registradas nas rodovias paraenses nesses primeiros dias das férias escolares de julho.
° Esse número, já tido como preocupante, deve colocar as autoridades rodoviárias em alerta.
° Mais em alerta ainda devem ficar as pessoas que estão se preparando para viajar com a família para os balneários.
° Evitar a volta para casa no domingo à tarde ou na segunda-feira de madrugada já pode ser um bom começo.
° Nessa questão de acidentes, neste ano já foram envolvidos três ônibus.
° Na maioria das vezes em que se registraram desastres com mortes, houve, lógico, imprudência.
° Mas, quem trabalha por conta própria afirma que o mês de julho só dá pra ganhar dinheiro se o trabalho for executado nos balneários, porque, na capital, as oportunidades desaparecem.
° Justiça continua sendo usada como “instrumento de censura” para a liberdade de expressão dos jornalistas, constantemente açoitados com decisões estapafúrdias de indenizações.
° A Justiça – e os magistrados deveriam ser os primeiros a primar por esse ideal – não deveria ser usada e abusada por quem tem poder financeiro, mas isso vem acontecendo com certa frequência.
° Quando se trata de pobre, as audiências custam a acontecer, são adiadas e, por conseguinte, as decisões.
° Também não adianta se querer falar em liberdade de imprensa, se a maioria dos órgãos de comunicação está atrelada aos grandes grupos empresariais e industriais. Isso acontece no Pará e em todo o restante do país.

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