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Se até o fim do mês não houver acordo, trabalhadores de saúde cruzarão braços
em todo o Pará, afirma sindicato
Os donos de hospitais, clínicas, laboratórios e casas de saúde continuam insensíveis às reivindicações dos profissionais técnicos de enfermagem do Pará, se recusando, por determinação do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado – SINDESSPA, Breno Monteiro a negociar aumento de 10% para a categoria, assegurando o pagamento de horas extras, insalubridade, folga semanal remunerada, ambiente de repouso e jantar para os funcionários que trabalham no período noturno. Segundo o presidente da UGT Pará, do Sindicato dos Empregados Técnicos de Saúde – SINTHOSP e da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados do Pará e Amapá – FETRACOM, companheiro Zé Francisco, há dezenas de relatos quanto a insatisfação dos trabalhadores nesses estabelecimentos de saúde, inclusive com denúncias de assédio moral.
Na última terça-feira, o SINTHOSP, com apoio da UGT Pará e da FETRACOM, começaram uma série de paralisações de advertência nos hospitais e laboratórios de Belém, objetivando informar os trabalhadores sobre o andamento das negociações que não avançaram a nível de Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região, Superintendência Regional do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério Público do Trabalho.
As mobilizações, que Zé Francisco faz questão de frisar que não é movimento paredista nem greve deflagrada, servem para informar não apenas os trabalhadores, mas também a população que, no final das contas, acaba sendo prejudicada. “Como é que o paciente vai ser atendido legal por um técnico de saúde que está com a luz cortada em casa, que não tem dinheiro para comprar comida para seus filhos? O piso da categoria é de 900 reais, que já é pouco e há hospitais que não pagam o piso”, frisou.
Zé Francisco lembra que alguns hospitais já sinalizaram com a intenção de fazer acordos individuais, independente do SINDESSPA, como foi o caso do Hospital Belém e, agora, do Hospital Saúde da Mulher, onde deverá haver uma definição de negociação nesta quinta-feira.
No primeiro dia de mobilização foram feitos atos públicos em frente ao Hospital Porto Dias, de onde há denúncias de morte de paciente por infecção hospitalar e que não paga direito os trabalhadores, bem como no Hospital Belém, onde já começam as negociações. No segundo dia, a mobilização aconteceu no Hospital Saúde da Mulher e no Laboratório Paulo Azevedo. Hoje, as mobilizações continuam no Saúde da Mulher e no Hospital D. Luiz.
Conforme o presidente Zé Francisco, caso não haja fechamento de acordo até o dia 30, não restará outra alternativa que não seja a greve geral da categoria, assegurando apenas o número necessário de funcionários em atividades para evitar o caos na saúde. Ele disse que o SINTHOSP já providenciou toda a legalização da greve e que, em decorrência disso, o sistema Pró-Saúde, que administra seis hospitais regionais do interior do Estado, que havia entrado com pedido de decreto de abusividade da greve antes mesmo de começar, perdeu a questão. O pedido foi indeferido pela desembargadora Rosita Sidrim.
Disse ainda Zé Francisco, que Breno Monteiro, do Sindesspa, está tentando, por ameaças, impedir que os trabalhadores exerçam seu direito de pensamento e de reivindicar seus direitos, inclusive dando informações inverídicas para a imprensa, de que a movimentação não comprometeu os serviços nos hospitais. “Nossa movimentação não é para prejudicar o funcionamento dos hospitais. Nós apenas estamos esclarecendo os trabalhadores e a população. Agora, se não houver acordo, nós vamos parar”, frisou.
Por fim, Zé informou que o SINTHOSP está recebendo total apoio da UGT, da FETRACOM e de diversos sindicatos filiados, como o de Farmácia, de Supermercados, de Materiais Elétricos, da Construção Civil Pesada, de Cemitérios, de Trabalhadores em Sindicatos, de Fotógrafos e Cinegrafistas, além da imprensa de um modo geral que vem acompanhando com atenção a luta dos trabalhadores que apenas reivindicam seus direitos e o pagamento dos aumentos, com reposição da inflação de 5,5%, ganho real e outras vantagens, eles que estão há 15 meses sem aumento, uma vez que essas negociações dizem respeito à data-base de 1º de setembro.
(Ascom/UGT Pará)

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