Ano-Novo, estilo velho

ROBERTO BARBOSA

Amigos, estamos começando um novo ano civil, porém, as mudanças estão nos nossos planos, apesar de ainda convivermos com as mazelas dos anos e governos passados e atuais. Mas, a esperança não termina, e é o que nos dá alento para continuar nossa caminhada, afinal, não temos outra saída, a não ser encarar as barreiras de frente. Não há fugas.
Por exemplo, hoje de manhã, já ouvi a notícias de que as autoridades já gastaram cerca de R$ 45 milhões para transportar, fornecer medicamentos, hospedagem, etc, com os sobreviventes do massacre ocorrido no Suriname. Dá pra acreditar que se gastou tanto assim?
Eu, sinceramente, não acredito.
O governo federal vem protelando de todas as formas com relação ao encerramento das obras de restauro da Igreja de Sant’Ana, em Belém, obra histórica do arquiteto Antonio José Landi. Não faltam nem R$ 5 milhões para que a restauração seja concluída. No entanto, o IPHAN, através de sua superintendência regional em Belém, nos garante que não há previsão para que o templo seja reaberto. Então, o governo nos informa que já gastou R$ 45 milhões com os sobreviventes do Suriname. Tá bom!
E quem não parece muito preocupado são os ganhadores dos mais de 40 milhões de reais da loteria de final de ano, que ainda não deram as caras para apanhar seus prêmios. Mas, no Rio e São Paulo, o Ano-Novo não chegou bem, afinal, tantas foram as mortes provocadas pelos deslizamentos de terras com pedras dos morros, das encostas, das enchentes provocadas pelas chuvas de verão. Uma tristeza!
A vida, no entanto, continua, e nós podemos melhorar as coisas, reconstruindo, mas levando em consideração a preservação do meio ambiente, afinal, o ocorrido não foi nada mais nada menos que um alerta, novo alerta, alías! sobre o desrespeito ao meio, que acontece em todo o Brasil, não obstante os esforços do governo e das organizações da sociedade civil no sentido de conter tantos absurdos que podem provocar mais tragédias. Um jornalista dizia hoje de manhã pela televisão, que a comoção de agora, no carnaval, se apaga, voltando o medo novamente no próximo verão.
Infelizmente, é assim que as coisas acontecem no Brasil, que inicia o ano pensando na Copa do Mundo, mas também, nas eleições de outubro, quando eu sugiro que a gente faça uma mudança real no quadro que aí está.
Deus nos abençoe, para que tenhamos, realmente, um Ano-Novo mais feliz, humano, justo, fraterno. Amém!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Povo esquecido e abandonado no Tapanã

Comportamento de vereador, candidato a prefeito, chama atenção da população do Tauá

A hora e a vez da pesca artesanal se materializa com o festival em Igarapé-Miri