Carro, estacionamento & problemas

ROBERTO BARBOSA

Quem ler estas linhas vai dizer que eu é que estou louco. Todavia, há de se observar que o mercado está vendendo milhões de carros por todo o país. Quando eu falo em carros, digo novos e usados. O problema é: aonde estacionar tantos carros se todo mundo resolver sair de automóvel pelas cidades brasileiras, especialmente aquelas que estão quase sem estrutura e se levando em consideração o fato de que, nem todo mundo que tem veículo, tem, também, condições de pagar estacionamento legalizado. Aliás, nem há estacionamento por toda parte!
Bom, a gente pode estacionar nos locais públicos permitidos. Contudo, aí reside o grande problema: esses locais foram tomados pelos chamados flanelinhas, lavadores, guardadores, etc. A maioria deles, a gente sabe, não vigia coisa nenhuma. Só estão atentos para receber aquele trocado na hora em que o dono do veículo chega.
Deve-se, ainda, levar em consideração, o fato de que, na maioria das artérias não se pode estacionar, seja porque o fluxo de veículos é grande, seja porque é porta de garagem. Assim, o dono do carro tem de andar bastante até encontrar uma vaga e depois se dirigir para onde quer a pé, correndo, lógico, o risco de ser assaltado. E como acontecem essas coisas nas grandes cidades1
Assim, pergunto, como e que o governo investe tanto para que a indústria automobilística produza veículos e abra mercado de trabalho, se não apresenta soluções para que as pessoas possam ter seus carros e usá-los decentemente pelas ruas das cidades?
Não está na hora de se pensar melhor sobre esses fatos?
Mas, nem tudo está perdido. Quem tem o carro velho, no Pará, poderá ter isenção do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) a partir dos 15 anos de sua fabricação. Antigamente, eram dez anos, mas, como sempre, querem abocanhar um pouco mais do nosso dinheiro, aumentaram para vinte anos. Agora, saiu uma resolução final e em nosso Estado ficaram em quinze anos de fabricação do veículo para que ele fique isento do famigerado imposto, que não nos trás qualquer benefício, dado que as estradas continuam mal-cuidadas, as ruas das cidades, esburacadas; a insegurança ainda é constante; e ainda tem a indústria da multa patrocinada pela prefeitura de Belém, que guincha os veículos sem qualquer apelação, sem levar em conta que o motorista não pode estacionar na própria cabeça.
Maravilha, Brasil!

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