Pimentel, um homem bom

ROBERTO BARBOSA

Na entre véspera de Ano-Novo bati um papo com um grande amigo meu, o Pimentel. Vou preservar seu nome completo aqui, porque se trata de pessoa muito conhecida na sociedade paraense. Mas não posso omitir as virtudes de um homem sábio, como exemplo para quem quer viver de bem com a vida. Isso, meu amigo sabe fazer e é bastante abençoado.
Contava-me o amigo que a prática da caridade faz bem para a alma, mas que, muitas vezes, essas atitudes são criticadas por quem está de fora, observando como expectador. Pimentel não gosta de tirar vantagem em proveito próprio, pois a desonestidade mancha o ego e a alma da pessoa, lição esta que aprendeu com seus pais.
Certo dia, ao pegar seu carro, tirou cinco reais do bolso e o deu ao flanelinha, sendo criticado pela esposa por acabar “fomentando a vagabundagem”. Depois, em outra ocasião, vendeu o carro para comprar um novo. Porém, como seu automóvel apresentava problemas de máquina e sabia que seriam gastos em torno de mil reais, preferiu dividir a despesa com quem lhe comprou o veículo.
Meu amigo ajuda as pessoas e diz que nunca se arrependeu, pois Deus está sempre observando o que se faz.
Pois bem. Um dia desses, Pimentel precisava fazer um documento, e custava um valor elevado no cartório que procurou. Depois, ele dirigiu-se a um outro cartório e lá encontrou uma pessoa, velha conhecida que perguntou o que ele fazia ali. E ele explicou o que queria. A pessoa chamou um funcionário e disse que tomasse todas as informações e providenciasse o documento que o cidadão estava necessitando. A seguir, virou-se para o Pimentel e disse que ele não pagaria absolutamente nada, pois era um presente, uma cortesia da casa.
Moral da história, as caridades que o Pimentel fez ajudando pessoas que nem conhece, acabaram por ser investimentos, pois ele se livrou sem imaginar, do pagamento de alta soma. E ele fez questão de narrar-me esta história, bem como, mostrou para as pessoas que sempre o criticam, o quanto vale à pena ser solidário.

SALADA
° Li com muito interesse a reportagem feita com o jornalista Ricardo Kotscho, no jornal Diário do Pará, edição de domingo passado. Achei suas ideias interessantes e concordo em gênero número e grau.
° Só faço uma ressalva: se os jornalistas hoje viajam pouco pela Amazônia em busca da notícia, é porque os donos das empresas de comunicação, em geral, preferem o serviço terceirizado, exatamente por questão de contenção de despesa.
° É por isso que se encontram, aqui pelo interior, mais jornalistas do Sul do Brasil, bem como de agências e jornais internacionais, do que de Belém.
° Eu cheguei a fazer algumas viagens, mas, nos tempos áureos, do jornalismo romântico que, atualmente, existem mais nas nossas mentes, embora, a busca pela notícia ainda excite bastante o verdadeiro profissional de imprensa.
° Monsenhor Raimundo Possidônio, ou Monsenhor Cid, ainda é o administrador diocesano de Belém até o dia 24 de março deste ano. No dia seguinte, Dom Alberto Taveira Correia assume o cargo em definitivo na Arquidiocese de Belém, que conta atualmente com 59 paróquias e milhares de comunidades.
° Trabalhadores no Comércio de Paragominas devem decidir, nessa quinta-feira, se expulsam o presidente afastado, Francisco Rodrigues, o “Custódio”, acusado de uma série de irregularidades no sindicato da categoria.
° Agora foi a Maçonaria que se livrou de um impostor, ao receber com agrado o pedido de desligamento do governador de Brasília, José Roberto Arruda, que está politicamente morto em função do mensalão de seu ex-partido, o DEM.
° Mas, aliás, em Brasília, os políticos não cessam de se meter em confusão. Sarney determinou que as passagens aéreas que sobraram do ano passado, podem ser usadas pelos senadores para mais viagens, agora, de campanha, neste ano de 2010.
° Não são eles que irão pagar a conta, somos nós.
° O bom é que poderemos não mais votar em nenhum desses sujeitos, pra não se dizer coisa pior.
° Aliás, sobre eleições, aqui em Belém, as velhas ratazanas estão parecendo galinha quando quer botar ovos. Espero que não tenha nada pra nenhuma delas, a bem da disciplina.

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