As surpresas destas eleições

As pesquisas podem influenciar o eleitor, porém, elas não são determinantes. É o que se verificou em relação ao que aconteceu no Estado do Pará, em que tanto o candidato à reeleição, o governador Simão Jatene, quanto seu principal opositor, Helder Barbalho, diziam estar na frente um do outro. Helder chegou a arriscar que levaria o governo estadual no primeiro turno. Isso não aconteceu.
Jatene e Barbalho estão tecnicamente empatados e terão de se virar bastante nos acordos políticos para ver quem, realmente, vai levar a melhor.
Só não se sabe se, quem levar a melhor, realmente é o melhor para o Pará e sua sofrida população que insiste em dar forças a uma oligarquia que mantém toda uma família no poder há anos e o Pará não avança coisa nenhuma.
A população errou de novo, ao votar em candidatos que já estão no poder há anos e nada fazem. Serão mais quatro anos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Os mesmos rostos, os mesmos moldes e as mesmas políticas em favor dos próprios umbigos. O povo, como sempre, tem o que merece e é o grande culpado por todos esses erros que se verificam há séculos neste país tão miscigenado.
Para a Presidência da República, as pesquisas só acertaram que Dilma Rousseff não sairia derrotada. No entanto, ela não vai enfrentar Marina Silva, como todos imaginavam. Enfrentará Aécio Neves, que conseguiu convencer a população a mudar de ideia por ocasião do debate que participou na Rede Globo, em que foi mais competente no poder de convencimento do eleitor brasileiro.
No caso de Aécio, que é considerado mentiroso no seu Estado, Minas Gerais, ele convenceu a partir do momento em que prometeu derrubar o fator previdenciário que atormenta a vida dos trabalhadores que não podem mais se aposentar apenas porque têm tempo de serviço. Eles têm de somar tempo de serviço e idade para alcançar o coeficiente da aposentadoria, o que eliminou muita gente desse tão sonhado e esperado benefício.
Entretanto, tem uma coisa: na campanha eleitoral é uma coisa. Os candidatos prometem tudo, porque, no entender de cada um, vale tudo, assim como tem ocorrido aqui no Pará. Fazer aquilo que prometem depois que já estão eleitos, é coisa totalmente diferente.
Então, estamos partindo para um segundo turno para presidente da República e para governador do Estado. Não votemos com a paixão. Por favor, vamos votar com o coração e com a razão. Querer o velho novo é andar como caranguejo.

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