Para concorrer, só ficha limpa

Nesta tarde conversava com um sacerdote diocesano de origem italiana. E ele me falava estar preocupado com o rumo das eleições, pois viu tanto sofrimento das pessoas, sobretudo no município de Ananindeua, zona metropolitana de Belém, onde atuou por cerca de onze anos.
Ao seu ver, uma pessoa que vai concorrer a um cargo eletivo, seja qual for, não deveria ter o nome aprovado, caso respondesse a algum problema com a Justiça. E lembrou que na Europa há, realmente, democracia.
Pra começar, lá o eleitor vai às urnas porque sente o dever de votar, não porque é obrigado. No Brasil, o eleitor vai às urnas porque é obrigado. Então, o caráter democrático já fica meio confuso.
Na Europa não há nenhum país onde o voto seja obrigatório, assim como, naquele continente, ninguém que responda a qualquer processo tem o direito de se candidatar a cargo eletivo.
Lindo! Ah! Pena é que é na Europa. Estamos no Brasil, onde, com o beneplácito da lei, tudo é possível, desde que se tenha dinheiro. Muito dinheiro!
Para uma pessoa como a professora, jornalista e artesã que foi humilhada no Supermercado Líder, só resta mesmo a Justiça que vem do alto. Aqui não tem nada pra ela, nem pra ninguém do povo, esse mesmo que vota nesses vagabundos e ladrões.
Na Europa não há casos, também, de oligarquias e de vários integrantes de uma mesma família mamarem nas tetas do governo por meio de cargos eletivos. Mas é na Europa. Estamos no Brasil.

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