Corruptos eleitos com a burrice do povo

E uma coisa puxa a outra. Nas duas postagens anteriores, mostro como a corrupção existe e para quem existe a justiça dos homens neste país.
Pois bem, estamos a poucos dias da eleição no segundo turno para os cargos de presidente da República e governador do Estado.
No primeiro turno houve uma renovação de mais de 60% dos 41 deputados que começarão nova legislatura na Assembleia Legislativa do Pará. Há deputados sérios e deputados que vão para essa casa de leis apenas para defenderem seus interesses, legislarem em causa própria ou de grupos que lhes apadrinharam objetivando o poder paralelo, coisa típica do Brasil e sob vistas grossas dos fiscais da lei que para nada prestam além de botar pobre e negro na cadeia.
Há deputados que tiveram poucos votos, mas, por causa de um sistema eleitoral injusto, para não dizer indecente e imoral, assumirão a vaga em detrimento de outros políticos que tiveram votação bem mais expressiva, como o deputado Zé Francisco, do PMN, representante das categorias trabalhadoras e sindicais, que teve quase 30 mil votos, mas, por uma diferença de pouco mais de 700 votos, está de fora. É um fato.
Neste país, que tanto se falou, brigou, debateu e defendeu a lei da FICHA LIMPA, esta foi jogada na lata do lixo pelo judiciário, na pessoa de magistrado imprestável, imoral e ladrão. Notórios fichas sujas foram eleitos; outros estão sentados com o rabo na cadeira do poder; outros respondem a processos mil por roubo de dinheiro público, mas procrastinam na Justiça e vão se locupletando com mandatos e mandatos, fugindo sempre da cadeia.
José Dirceu, do PT, está livre. José Genoíno, do PT, está livre. Fernando Collor de Melo está livre e reeleito senador da República. Paulo Maluf não pôde se eleger mas está solto.
Envolvidos no mensalão renunciaram aos cargos para fugirem das cassações e voltaram por cima da carne seca. O mesmo se pode dizer de pedófilo que agora volta a ostentar mandato de deputado.
Uma família, toda envolvida em casos ilícitos de corrupção, improbidade administrativa, tráfico de influência, desvio de verbas do erário, tem quatro integrantes no legislativo em Brasília e quer abocanhar o resto neste segundo turno.
Ouço dizer que o povo não aprende, que o povo tem memória curta e etc, etc, etc.
Não penso assim. Penso que o povo é burro mesmo e se vende, como qualquer corrupto, a troco de banana, daí não se ter realmente saúde, educação e transporte de qualidade; daí se viver em total clima de insegurança e violência.
Não sei realmente quando o nosso povo vai aprender e, finalmente, ser copartícipe em um grande processo de mudança para o melhor neste Estado e neste país, sobretudo se, no domingo, voltar a errar e manter as velhas práticas de oligarquias e do voto do cabresto, tão presentes na chamada América Bolivariana, da qual o Brasil também faz parte, embora tente se camuflar e parecer um ideal de democracia e civismo. Pasmem!

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