Agora tem um alento, algo a investigar

Equipes de resgate encontram o que seria parte da calda do Airbus da Air France acidentado há nove dias no Oceano Atlântico. Ao todo já foram localizados 16 corpos, segndo dados da Aeronáutica. Foto: Aeronáutica/Divulgação

ROBERTO BARBOSA

Quando surgiram informações de que pesquisadores haviam encontrado os destroços do Titanic, afundado em 1912, nas águas do Altântico Norte, familiares das vítimas pediram que não mexessem em nada, pois os mortos deveriam descansar onde estavam. O mesmo se viu agora, quando a Aeronáutica, no sábado, começou, efetivamente, a localizar corpos e destroços do Airbus A-330-200, vôo AF 447 da Air France que desapareceu no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris, na fatídica noite de 31 de maio passado, sobre o oceano Atlântico, a quase mil quilômetros de Fernando de Noronha, às proximidades das ilhas de São Pedro e São Paulo, divisa das águas internacionais do Brasil com o Senegal, na África.
Ao anunciar o encontro de destroços do avião sinistrado, bem como, de corpos, terminou pelo menos um mistério, o de que um avião tão bem equipado, em plena fase da moderna tecnologia, não poderia, jamais, ter sumido, evaporado, como aconteceu com o cargueiro da Varig em 1979, que desapareceu para sempre no trajeto entre o Japão e os Estados Unidos, onde faria uma escala antes de vir de volta ao Brasil, seu destino final, no que é tido, até hoje, como o maior enigma da aviação aérea mundial, e repercutido pelo programa Fantástico, da Rede Globo, na noite de ontem.
Caso nada houvesse sido encontrado do Airbus da Air France, este passaria a ser mais um entre vários grandes mistérios escondidos entre o Céu e o Mar. Agora, pelo menos, já existe a certeza de que o avião caiu mesmo na água e que, possivelmente, não explodiu no ar como vinha sendo aventado.
Saber exatamente o que se passou, isso vai depender muito das caixas pretas serem encontradas, com os registros de bordo e de vozes na cabine de comando.
Que foi uma tragédia sem precedentes, isso é indiscutível. Todavia, as autoridades encarregadas do caso já sinalizavam para falhas técnicas, o que vem a corroborar com a tese de que “só se fecha a porta depois que a casa é arrombada”. Seria necessário morrerem duas dezenas de pessoas, entre elas crianças, para que fossem tomadas providências com relação a equipamentos de segurança que, já se sabia, eram falhos?
Talvez nunca se saiba exatamente o que aconteceu naquele vôo, porém, é necessário trabalhar rápido quando se souber que há problemas com equipamentos de segurança, sob pena de que coisas piores voltem a ocorrer.

SALADA
° Quem leu o “Diário do Pará” de ontem pode até ter se surpreendido entre o que já é visível, uma possível aliança entre Jader Barbalho e Almir Gabriel, e a repetição da história.
° Nos últimos anos, o que tem se verificado no cenário político paraense são desavenças políticas e depois, conciliações inacreditáveis.
° Vamos ver: Alacid Nunes e Jarbas Passarinho romperam no Estado do Pará e o primeiro, então governador, entrou na Frente Liberal que, depois, virou PFL e agora, Democrata;
° Alacid apoiou Jader Barbalho e Hélio Gueiros contra, respectivamente, Oziel Carneiro (Governo do Estado) e Jarbas Passarinho (Senado);
° Jader e Alacid romperam;
° Jader apoiou Hélio Gueiros para o Senado;
° Os dois romperam e depois se reconciliaram ao ponto de Hélio Gueiros escrever, até hoje, no “Diário do Pará”, de Jader Barbalho;
° Jader apoiou Almir Gabriel e os dois romperam, brigando feio;
° Almir Gabriel apoiou Simão Jatene, com o contrato de que, na eleição seguinte para o governo do Estado, esse não concorreria e cederia vaga para Almir Gabriel. Este perdeu o governo do Estado para Ana Júlia Carepa, apoiada por Jader Barbalho;
° Agora, Almir Gabriel esquece suas desavenças com Jader Barbalho e ataca Simão Jatene, forte candidato do PSDB para o governo do Estado;
° Almir quer apoiar o queimado Mário Couto:
° Jader não briga com nenhum, porque, comenta-se, ele quer qualquer um, menos voltar a apoiar Ana Júlia Carepa.