Já são 28 as vítimas resgatadas das profundezas do oceano Atlântico

Sistema de Notícias com agências internacionais

A assessoria de comunicação Social da Força Aérea Brasileira informou nesta manhã que já estão sendo necropsiados no Instituto de Medicina Legal de Fernando de Noronha, os corpos de oito vítimas do vôo AF 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico na noite do dia 31 de maio do ano em curso. Os corpos foram levados a Noronha por um helicóptero que os apanhou na fragata Constituição, da Marinha do Brasil, que se participa das buscas a cerca de mil quilômetros da costa brasileira, às proximidades das ilhas de São Pedro e São Paulo, divisa das águas internacionais de nosso país com o Senegal, na África.
Ainda segundo a Aeronáutica, nesta terça-feira foram resgatados mais quatro corpos, totalizando cerca de 28 corpos resgatados do oceano desde o último sábado, quando completava o sétimo dia da tragédia.

LEME PODE AJUDAR A ESCLARECER A TRAGÉDIA
A descoberta pelas equipes de resgate do estabilizador vertical do Airbus A330 da Air France, que fazia o vôo AF 447 e caiu no Oceano Atlântico, pode ser decisiva nas investigações sobre as causas do acidente, disse nesta segunda-feira o brigadeiro da reserva José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero. Pereira analisou as fotografias dos destroços divulgadas pela Aeronáutica e pela Marinha, e disse que as peças devem conter informações valiosas para as investigações.
"Aquilo é importante", afirmou o brigadeiro, em referência ao estabilizador vertical. "O leme do avião é preso àquela peça. Como há a suspeita de que uma das consequências do problema foi a quebra do leme, a descoberta do estabilizador vertical inteiro pode ajudar muito os investigadores. Pode mostrar como rompeu, como o leme se soltou, qual foi a força que atuou e foi capaz de quebrar alguma coisa", acrescentou.
Os fios retirados do mar também podem ajudar nas apurações da causa do acidente, já que o avião reportou automaticamente à Air France ter sofrido uma falha elétrica. "Vi uma foto de uma cablagem, aquela maçaroca de fios. A forma como aqueles fios foram seccionados e a medição se eles foram submetidos a uma carga elétrica", comentou o ex-presidente da Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros.
Para Pereira, entretanto, as investigações não devem ser concluídas em um curto período de tempo. "Serão anos de investigação, a não ser que eles (as equipes de busca) descubram logo a caixa-preta. Estou acreditando nos franceses. Eles têm uma tecnologia boa e experiência nisso, e estão mandando um submarino para lá", comentou o brigadeiro.
Autoridades responsáveis pelos trabalhos de busca no Recife têm se negado a dar detalhes sobre os destroços encontrados, mas em vídeo publicado em seu site na internet, a FAB informa que o estabilizador vertical do Airbus está entre as peças encontradas no oceano.
O acidenteO Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

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