Plebiscito para dividir o Pará

ROBERTO BARBOSA

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal aprovou o plebiscito para a criação do novo Estado de Carajás. O projeto é de autoria do senador pelo Tocantins, Leomar Quintanilha, e foi relatado pelo senador Mozarildo Cavalcanti, de Roraima, respectivamente do PMDB e PTB.
Dividir o Estado do Pará é o sonho de um bando de emigrantes de outros estados que se estabeleceram em várias partes do território estadual, especialmente na região sul e sudeste, que participaram de emancipações políticas, tornaram-se líderes políticos, prefeitos, vereadores, pintam e bordam naquelas bandas.
Ninguém pode afirmar que eles tenham feito lobby em Brasília para que políticos de outros estados tenham feito um projeto de lei para fazer a consulta pública (Projeto de Decreto Legislativo – PDS 52/07), mas é sabido que existem muitos interesses políticos nessa história toda e que, quem sairá perdendo, como sempre, será o Estado do Pará e sua população que, com a criação de Carajás, perderá uma de suas maiores fontes arrecadadoras, já que ali tem grande potencial minerador, com muitos projetos em andamento, especialmente de parte da Companhia Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo. Lá tem muitos homens querendo ser governador, senador deputado federal e deputado estadual, para abocanhar verbas milionárias, puxadas na marra via impostos pagos pela maioria pobre da população.
Assim, como são emigrantes que estão na área de Carajás, também são forasteiros em Brasília os senadores que estão por trás do tal plebiscito. O senador Fernando Flexa Ribeiro – ocupando o cargo que entrou pela janela, diz que isso faz parte da democracia; o senador José Nery, que é do Psol e se dizia radicalmente contra a redivisão do Estado, e abominava até a ideia de um plebiscito, também se posicionou favorável à consulta pública.
Quem vai sair ganhando? Certamente que não é população local e, muito menos, do restante do Estado do Pará. Uma fortuna será gasta para que seja criado o novo Estado, a exemplo do que se viu quando foi criado o Estado do Tocantins, que não tem qualquer desenvolvimento palpável até hoje, digno de elogios.

A CULPA DO GOVERNO

Nossos governadores, todos, tem culpa pelo que está acontecendo. Não é de hoje que as populações do Sul e Sudeste do Pará – área do tal Estado do Tocantins, - bem como do Oeste do Pará (Baixo-Amazonas, área do também aspirante a Estado do Tapajós), e Marajó, onde fala-se em criar o Território Federal do Marajó, reclamam do esquecimento a que são relegados pelo poder central do Estado, assim como, por deputados estaduais e federais, senadores, etc.
Segundo dizem, o governo do Estado só se preocupa com a região central, mais particularmente, Belém, zona metropolitana e região das Estradas. As ações de desenvolvimento – denunciam, - pouco chegam a essas regiões cujas estradas estão em péssimo estado de conservação, faltam investimentos nos setores de saúde, segurança pública, infra-estrutura e, assim, as indústrias, comércios e agro-negócio funcionam ao “Deus dará”, impulsionados pela ação desbravadora e corajosa de homens e grupos com poder de capital. E, lógico, tais grupos, também tem interesse no desmembramento do Estado, como forme de virem a se desenvolver mais e melhor.
Tudo isso deve ser levando em conta doravante, quando o Tribunal Regional Eleitoral começar a organizar o plebiscito, que atingirá a todos os membros da população paraense.

SALADA
° Prefeito de São João da Ponta, Nelson Santa Brígida, do PT, não anda nada satisfeito com o tratamento que recebe de parte da governadora Ana Júlia Carepa e sua equipe de assessores. O município enfrenta sérias dificuldades estruturais, com dívidas.
° Nelsão estão arrumando a casa, mas, enquanto isso, a oposição aproveita para denegrir sua administração, que tenta tirar o município de um grande precipício onde foi jogado pelos prefeitos que o antecederam.
° É de fundamental importância que a governadora do Estado estenda a mão aos prefeitos que se encontram em dificuldades, a fim de que possa, ainda neste ano, salvar o seu mandato e tentar uma reeleição, que não será nada fácil.
° Entre os concorrentes de Ana Júlia está Simão Jatene, que deixou uma marca registrada em seu governo e não foi esquecido pelo povo paraense.
° Até mesmo membros do alto escalão do governo Ana Júlia estão acéticos com relação ao fato de ela vir a se reeleger em 2010, pois, até o momento, ela não acertou seus passos.
° Os ônibus escolares que o governo do Estado doou para algumas prefeituras, deixou outras com ciúmes e seus prefeitos a lamber os dedos pelo esquecimento a que foram relegados.
° Governo brasileiro continua realizando as buscas aos corpos das 228 vítimas e aos destroços do Airbus A-330 da Air France que caiu no Oceano Atlântico na fatídica noite de domingo passado, a pouco mais de 800 quilômetros de Fernando de Noronha.
° Autoridades são apáticas com relação à possibilidade de encontrar algum corpo. Todavia, acreditam que seja possível que alguns venham a boiar do fundo do mar.
° Muitas coisas não poderão ser esclarecidas, principalmente diante da grande possibilidade de jamais se encontrar as caixas pretas que registram os dados de conversa entre a tripulação da cabine de comando, bem como, os registros técnicos de bordo.
° Mas as autoridades garantem que o avião caiu no mar e não explodiu ou desintegrou-se antes do choque com as águas salgadas do mar.
° Ainda não se ouviu nada acerca da presença de tubarões na região.
° Polícia Civil do Estado deverá criar em algumas superintendências regionais, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado, subordinado à Diretoria de Polícia do Interior.
° Paróquia de Sant’Ana da Campina está preparando a festa de centenário da chegada a Belém da imagem sacra de São Pedro, igual a existente na Basílica do santo, em Roma.
° Toda a festividade em honra ao santo será feita na própria sede da paróquia, que está fechada para obras de restauração há cerca de cinco anos.
° No dia de São Pedro será celebrada missa solene na frente da Igreja de Sant’Ana, no Comércio.

Comentários

sou de JURUTI-PÁ e aqui endendemos diferente.entendenmos que um novo estado será satisfatório apesar da ideias vir de outrem que nem se quer mora pra cá.e só a ideia de sair do isolamento nos deixa muito satisfeito o OESTE do PARÁ é muito esquecido.nossas dificuldades são outras acredito que,devido o Pará ser muito grande em municipios e mas...a dificuldade dos governantes se torna limitada,seria "SIM" um bom começo pra nós,apesar de se formar nossos governantes muitos acreditam ser um bom caminho.

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