Beco sem saída para Arruda

ROBERTO BARBOSA

O governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que se encontra preso por ordem da Justiça, só tem um caminho: renunciar. A renúncia fará com que ele mantenha seus direitos políticos, mas, para que o governador quer, neste momento, esses direitos, se sua execração pública já é suficiente para que ele não se eleja mais nem a presidente de centro comunitário?
Partidários do governador dizem que a Câmara Legislativa do Distrito Federal já deu como certa a sua cassação já a partir dessa quinta-feira, medida esta que evitaria, por outro lado, uma intervenção em Brasília, o que deixa muitos deputados locais apreensivos, até mesmo porque, uma boa parte deles, integra o cast do Mensalão do DEM, como afirma a Polícia Federal.
Arruda, enfim, está num beco sem saída. Se renunciar, pode perder definitivamente a imunidade e permanecer mais tempo que imagina atrás das grades. Se não renunciar, perde seus direitos políticos, porque vai ser cassado sem dó nem piedade.
De qualquer forma, desta vez, não haverá uma segunda chance a exemplo do que aconteceu da primeira vez em que ele renunciou ao cargo de senador da República, depois de se envolver no escândalo da violação do painel de votação do Senado, de cujo episódio participou, também, o hoje falecido senador Antonio Carlos Magalhães, o Toninho Malvadeza.
É, no país do Carnaval, onde o Momo é o rei, Arruda não tem a quem recorrer.

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