Licença-maternidade é um passo para o desemprego das mulheres neste país

ROBERTO BARBOSA

A comissão especial criada para analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 30/07) que aumenta de quatro para seis meses a licença-maternidade, como era de se esperar em ano eleitoral, aprovou o projeto que, agora, segue para análises na Câmara dos Deputados e no Senado da República. Se as duas casas aprovarem a PEC, possivelmente no próximo ano, as empresas e autarquias do governo já estarão obrigadas a praticar a lei, extensiva às mães adotantes.
Se observarmos algumas questões estruturais, como a necessidade do bebê estar perto de sua mãe nos primeiros meses de vida, além do fato de que, em muitos lugares, não há creches suficientes para atender a demanda, a PEC está correta. Mas, de outro, vamos ver que as mulheres – que já são massacradas há anos em seus direitos -, terão mais dificuldades ainda em arrumar um emprego.
Qual patrão vai contratar uma mulher que, a qualquer momento, pode ficar gestante e, assim, ele terá de lhe garantir salários por mais ou menos um ano e contratar outra pessoa para substituí-la nesse período?
São os dois lados da moeda, que não se pode esquecer e que podem, sim, suscitar discussões nas duas casas do Congresso Nacional a fim de que se chegue a um melhor e verdadeiro consenso antes de que seja aprovada uma lei que poderá pôr em risco o mercado de trabalho para o sexo feminino.

POLÍTICA DE COTAS
Como estamos mesmo em ano eleitoral, ano de barganhas onde o povo pode conseguir algo de bom – quando os corações se “amolecem”, porque, depois, ficam duros por mais quatro anos no mínimo -, está na hora de as pessoas da terceira idade avançarem. O que quero dizer com isso é que, se existem cotas para pessoas deficientes e para negros nas universidades e nos postos de trabalho, por que não ter, também, uma pequena cota para as pessoas da terceira idade, mas ainda em boa forma para produzir, aliado com suas experiências?
Tem muita gente que já se aposentou, mas a aposentadoria, no Brasil, todos sabemos, é uma vergonha. Essas pessoas ainda podem produzir e muito pelo nosso país. Então, por que não aproveitá-las se elas estão dispostas a cooperar?

SALADA
° José Serra, o governador de São Paulo, está entre a cruz e a espada. Tem observado sua queda nas pesquisas populares e o crescimento de Dilma Houssef, que conta com a máquina federal e o apoio monstruoso do “superman” brasileiro em que se transformou o presidente Lula.
° E ainda tem aquela história de se fazer um debate comparativo entre os governos do PSDB e do PT.
° Lula, todos sabem, sempre quis fazer esta comparação, e Fernando Henrique Cardoso topou a parada em que vai perder feio. É sério!
° Serra poderá ser esmagado por causa de uma ideia absurda que nunca teve. Ele ainda poderá, se for o caso, concorrer à reeleição em São Paulo, para onde o PT quer mandar o cearense Ciro Gomes, fazendo-o desistir de concorrer à Presidência.
° Mas é como eu falei: estamos em plena fase do debate político.
° Ora, ora, o São Raimundo... E muitos achavam que o Botafogo ia esmagar o time mocoronga impiedosamente.
° Acho que essa história de favoritismo é balela. Na hora da bola é que a gente vê quem é quem.
° Devido à rivalidade entre Globo e Record, esta não teve cedidas as imagens, feitas pelo “Globocop”, da queda do “Águia Dourada”, ontem, em São Paulo. A equipe da TV Globo prestou socorros às vítimas, mas isso não foi citado em nenhum dos telejornais da emissora dos pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.
° Linha de transportes coletivos urbanos “João Paulo II/Ver-o-Peso”, de Belém do Pará, embora rendosa, é uma das que mais abusam do usuário. A frota é composta, em sua maioria, por microônibus, sem cobradores. Os veículos custam a passar e trafegam, em geral, superlotados.
° Na tarde de ontem, segundo o motorista, por causa dos engarrafamentos, houve passageiro que esperou até quarenta minutos para tomar a condução de volta para casa.
° Numa dessas viagens em ônibus superlotados, ainda houve bate-boca feio entre duas mulheres que quase saíam às vias de fato, depois de inúmeros xingamentos por causa de uma ter esbarrado na outra.

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