Para investigadores, ninguém quer saber ao certo o que derrubou avião da Air France


Um avião semelhante ao da foto caiu no oceano Altântico há um ano com 228 pessoas, um mistério da avião comercial internacional. Foto: Divulgação
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BELÉM - Especialistas internacionais que fizeram uma investigação paralela sobre as causas do desastre com o voo AF-447 da Air France, ocorrido há um ano, numa viaquem que seria do Rio a Paris, chegaram a conclusão que algumas autoridades do BEA, o órgão oficial francês de aeronáutica que apura o acidente que ceifou 228 pessoas, não estariam dispostas mesmo a descobrir e, muito menos, divulgar o que realmente aconteceu. A divulgação das causas da tragédia emanaria mais de um bilhão de euros em indenizações a serem desembolsadas pelo próprio BEA, pelo Governo Francês, pela Air France e pela Airbus.
As conclusão são dos especialistas Henri Marnet-Cornus e Gérard Arnoux, ambos pilotos de aviões Airbus que concordam ter sido os sensores de velocidade (pitot) um dos principais pontos que provocaram a tragédia com o voo AR 447. O congelamento dos equipamentos teria feito com que os pilotos da aeronave, Marc Dubois e Pierre-Cedric Bornin, tomassem uma série de medidas erradas. Eles apontam que, nessas condições, há uma série de medidas a serem adotadas, pelo menos, onze, em curtíssimo espaço de tempo e que não podem falhar.
Nas investigações, fica claro que o avião não se desintegrou no ar e nem embicou. Ele aterrissou no oceano Atlântico, entre o Brasil e o Senegal, em águas internacionais mais próximas do Arquipélago de Fernando de Noronha, sem despressurização da cabine, dado que as máscaras de oxigênio estavam intactas e as comissárias de bordo sentadas em seus assentos - o que demonstra não ter havido sinal de emergência.
Segundo os especialistas concluem, fica estranho que a Marinha Francesa tenha descoberto sinais das caixas pretas e que o BEA tenha feito a busca pelos esquipamentos e destroços por pouco tempo, anunciando, depois, o fracasso na empreitada.
As caixas pretadas da aeronave seriam o ponto principal de partida para se analisar a situação do avião no momento da queda, bem como, as conversas desesperadas dos pilotos nesse mesmo instante. Isto sim poderia esclarecer o acidente - tido como um dos mais misteriosos da aviação comercial internacional - e gerar uma série de indenizações.

Histórico

O Airbus A330 prefixo F-GZCP da Air France, voo AF-447 decolou do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com destino ao Aroporto Internacional Charles de Gaulle, às 19h05 de sábado, 31 de maio e caiu por volta de 2 horas da madrugada de 1 de junho de 2009 com 228 pessoas. Alguns destroços - a cauda foi o maior deles - e cerca de 50 corpos foram resgatados do oceano Atlântico. Soma-se dos destroços menos de 4% do avião, o que o BEA - órgão francês que investiga o caso - e a Airbus deduzem ter a aeronave pousado e se desintegrado com o impacto com as águas do oceano.
Investigações são feitas até hoje, mas as causas do acidente são verdadeiramente incertas.
Homenagens
Nessa terça-feira será realizada num cemitério em Paris uma cerimônia ecumênica para homenagear as 228 vítimas do voo AF-447. Mais de uma centena de parentes de vítimas brasileiras embarcam para a capital francesa em dois voos da Air France, com as despesas bancadas pela própria companhia de aviação. Muitos desses parentes não concordam com o fato de vir a ser feita a cerimônia em um cemitério em Paris, assim como, o fato de alguns deles embarcarem para a França no mesmo hórário em que saiu o fatídico voo no ano passado.
Eles criticam que a Air France faz o que bem entende e que não procura ouvir pelo menos os parentes que perderam entes queridos no malogrado voo que hoje tem outra numeração.

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