Uma fábula para o portinho de Marudá


Portinho do Sossego, no distrito de Marudá. Foto: Roberto Barbosa
ROBERTO BARBOSA


Na semana passada, a governadora do Estado do Pará, Ana Júlia Carepa, esteve visitando alguns municípios da região nordeste, inclusive Marapanim, onde está o distrito de Marudá, 160 quilômetros de Belém, cuja vila está abandonada pelo poder público municipal. O governo do Estado liberou R$ 571 mil para a construção da nova ponte do cais do portinho que, no passado, era considerado um dos pontos de turismo da vila pesqueira e balneária de Marudá, às margens do Rio Marapanim, boca do Oceâno Atlântico.
Esse porto já foi alvo de diversas reportagens neste blog, pelo descaso, dado que antigamente o local era de um movimentado comércio, sobretudo de peixes e mariscos, ora desaparecidos de quase todo aquele aprazível mas desprezado distrito da região do salgado paraense.
Os piquetes, de concreto, já estão lá para a construção de uma nova ponte do trapiche, mas ontem, segunda-feira, não havia nenhum operário trabalhando no local. O que causa estranheza, contudo, é o fato de uma trapiche simples consumir tantos milhares de reais, quando se sabe que são erguidos verdadeiros palácios particulares com bem menos investimentos financeiros.
Cara, na verdade, é a mão de obra, mas, particularmente, acredito ser um absurdo gastar mais de meio milhão de reais para a construção de um trapiche.
Esse trapiche é necessário para o desenvolvimento de Marudá, só acho que o valor empregado está muito acima do que realmente necessita, como, na verdade, acontece com todas as obras públicas, sempre de valores muito vultosos.

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