Boeing 736-800 cai na Índia matando 158 passageiros. Oito sobreviveram





Imagens da tragédia: equipes de resgate trabalham na área onde ocorreu o acidente com o Boeing 737 igual ao da foto ao lado. Abaixo, um menino que está entre os oito passageiros sobrevientes do desastre.

SISTEMA DE NOTÍCIAS
BELÉM - PARÁ - Mais um desastre aéreo envolvendo grande aeronave comercial de passageiros se registra. Este é o décimo acidente aeronáutico de graves proporções ocorrido nos últimos dois meses e acontece a menos de dez dias de completar um ano do fatídico voo AF 447 da Air France que caiu no Oceano Atlântico entre o Brasil e o Senegal, viagem do Rio de Janeiro a Paris com 228 pessoas que morreram e até então não foram encontradas as caixas pretas que podem levar as autoridades a descobrirem o que teria provocado a queda do avião, um Airbus A330. No acidente deste sábado que ocorreu às 6h30, horário local de Mangalore (22h em Brasília), a 400 km de Bangalore, no Estado de Karnataka, na Índia, morreram 158 das 166 pessoas que estavam a bordo. Entre os sobreviventes há um menino.
Um comunicado emitido pela empresa Air Índia informa que o avião, Boeing 737-800, voo IX-812 de Dubai (Emirados Árabes) para Mengalore, na Índia, acidentou-se quando aterrissava. A aeronave, por causas desconhecidas, passou da pista e se precipitou a um quilômetro do aeroporto. Outras autoridades afirmam que a aeronave explodiu depois de pegar fogo e está com os destroços num raio de dez quilômetros do aeroporto de Mengalore.
Equipes de resgate correram para o local e conseguiram resgatar oito pessoas com vida, entre elas uma criança do sexo masculino que foram levadas para os hospitais mais próximos. A Air Índia estava identificando nesta madrugada os demais passageiros da aeronave sinistrada que ficou totalmente destruída.
Inicialmente, o vice-comissário de Mengalore, R. Mamesh, informava que não havia sobreviventes na tragédia. O porta-voz da Air Índia, K. Swaminathan, disse que o avião transportava 160 passageiros e seis tripulantes e que a tragédia aconteceu numa área montanhosa, momento em que chovia bastante, dificultando a visibilidade no local.
O último acidente aéreo de grandes proporções na Índia ocorreu a 17 de julho de 2000, quando um Boeing 737 da indiana Alliance Air caiu num bairro residencial de Patna matando 61 pessoas.
Na segunda-feira passada, um Antonov AN-24 caiu nas montanhas de Salang, no Afeganistão, matando todos os seus 43 ocupantes, cujos corpos, assim como os destroços, ainda estão sendo resgatados de local de difícil acesso. Há poucos dias, também um Airbus A330 da Afriqiyah Airways caiu na Líbia matando todos os seus ocupantes, excessão de um menino de oito anos que foi retirado com vida do meio dos destroços em chamas.
Também há um ano uma menina sobreviveu quando o avião em que viajava, um Airbus A330 caiu no Oceano Índico, momento em que se dirigia para Paris.
As causas do acidente com o Boeing 737-800 da Air Índia ainda não foram esclarecidas pelas autoridades locais, mas sobreviventes contaram que tudo transcorria normalmente durante o pouso. Quando a aeronave tocou no solo, aconteceu um forte barulho, algo como um pneu estourando. Em seguida, o aparelho correu desgovernado, chocando-se em chamas com as árvores num vele ao fim da pista de pouso.
De acordo com agências internacionais, a Air Índia é uma companhia aérea nova, fundada há 5 anos. No comando do avião estava o experiente piloto britânico-sérvio Zlatiko Glussica, que tinha cerca de dez mil horas de vôo e não comunicou à torre de controle nenhuma anomalia durante a aterrissagem.
Especialistas em engenharia aeroportuária contaram ao SISTEMA DE NOTÍCIAS que o aeroporto de Mangalore está com uma pista de pouso e decolagem inaugurada há dez dias, no entanto, pousar nesse aeroporto é uma tarefa bastante complicada por causa da proximidade com uma cadeia de montanhas indianas do Estado de Karnathaka.
Nesta manhã, segundo as agências de notícias em Nova Delhi, já haviam sido retirados dos destroços cerca de 120 corpos de passageiros e tripulantes, todos migrantes indianos que voltavam do trabalho para casa.

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