Ctbel: dois pesos; duas medidas
A foto ao lado dá apenas uma mostra do caos em um ponto de estrangulamento da cidade, a Avenida Conselheiro FurtadoROBERTO BARBOSA
Nem precisa se dizer que a Companhia de Transportes de Belém – Ctbel trabalha sempre na contramão dos interesses da população. Os desmandos são constantes. Os guardas estão sempre postados onde não há necessidade, e escondidos por detrás de postes, árvores ou qualquer outro abrigo para poder estarem a multar as pessoas por falta de uso do cinto de segurança, uso do celular, etc. São infrações, claro!
Muitas vezes, em vez de ajeitarem o conturbado trânsito, acabam é por complicar mais ainda a situação.
As aulas nos colégios particulares do centro da cidade já iniciaram faz tempo. Quem se arrisca a transitar pelas principais avenidas do centro de Belém, onde estão esses colégios, já sabe que irá encontrar barreira, com fila dupla – que também é proibida pelo Código Nacional de Trânsito – e guardas de trânsito que ali estão, não para multar esses condutores infratores (infratores, sim, por que não?), mas para facilitar a vida desses condutores, que vão deixar os filhos ricos na escola.
Não se vê o mesmo tratamento em relação aos colégios públicos, onde estuda a maioria das crianças e jovens de famílias mais humildes, que vão sem carro e tem de esperar bastante para poderem atravessar. Não tem um guarda da Ctbel para ajudá-los a atravessar.
Isso me soa a discriminação!
Outro problema grave, é que o condutor de Belém não tem mais aonde estacionar. Toda parte é proibida pela Ctbel, que não dá soluções. O motorista tem de colocar o veículo em um estacionamento ou, então, colocar bem longe de onde vai realmente e andar bastante, o que torna a vida do cidadão bastante insegura.
Acho que a Prefeitura de Belém poderia observar com mais carinho esses casos para, de fato, tomar uma providência e desafogar, de verdade, o trânsito de Belém e não fazer deste, apenas, mais um gerador de recursos via multas muitas vezes injustas, cujos recursos nunca são julgados favoráveis ao cidadão.
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