Praias de Mosqueiro estão todas contaminadas



Praia do Cruzeiro, em Icoaraci, defronte de Mosqueiro, onde a poluição é visível. Foto: Roberto Barbosa


Mosqueiro é a vila bucólica aprazível que encanta o belenense e quem visita a capital paraense. Entretanto, diz Camilo Viana, lamentavelmente, todas as suas dezessete praias estão contaminadas por cloriformes fecais, fruto da falta de saneamento básico que dista de muitos anos, aliado à falta de uma educação ambiental a partir das escolas.
Alerta ainda o médico Camilo Viana, que a água que hoje vemos, utilizamos em todas as nossas atividades, é a mesma da época em que o mundo surgiu. Por isso mesmo, principalmente a água potável, lembra, é um produto mineral finito caso não sejam tomadas providências para conter o desperdício, a poluição e a contaminação. Para ele, na educação ambiental seria necessário se trabalhar com a informação, com o reaproveitamento do líquido precioso.
No Brasil, denuncia ele, “gastamos mais água na agricultura e pecuária que nas residências”. Por isso, “precisamos enfrentar o problema de frente com a educação ambiental”.
De acordo com o ambientalista, no caso de Belém, por exemplo, toda a orla fluvial está suja. “A água está deixando de ser potável porque nós não temos a experiência do reuso”. E destaca, ainda, a evaporação por falta de arborização; a chuva, que joga pedra, lama, terra e areia nos rios e igarapés matando logo a vida, os peixes, por falta de oxigênio, a exemplo do que aconteceu no hoje canal da Avenida Almirante Tamandaré que, no princípio, tinha até peixes ornamentais; o desflorestamento em ritmo cada vez mais acelerado e a hidropirataria que ele denuncia há muitos anos.
“Estão levando a nossa água e não recebemos royalties por esse produto”. Por isso mesmo, Camilo Viana diz que vem lutando há muitos anos para que Belém volte a ter cobertura florestal, com o que o calor será amenizado.

DESMATAMENTO

“Vinte por cento da Amazônia já levaram a breca”. Conforme o ambientalista, os municípios de Tailândia e Paragominas são os que mais desmatam no Estado do Pará. Ele também afirma que os maiores responsáveis pelos desmatamentos, além dos madeireiros, são os fazendeiros e diz que se este quadro não mudar, a Amazônia vai continuar perdendo espaço, daí a necessidade de preservar o que ainda tem e reflorestar.

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