22 de Março, Dia Mundial da Água


Cataratas de Iguaçu, mostra clara da riqueza desse recurso mineral conhecido cientificamente como H2O, água, que hoje celebramos o dia mundial. Foto: Roberto Barbosa



ROBERTO BARBOSA

Celebrar-se o Dia Mundial da Água nos faz refletir sobre os sérios problemas deste que poderá ser o maior drama ambiental do século XXI, pois, dentro de vinte a trinta anos, em previsões mais otimistas, a humanidade sentirá falta desse que é o líquido precioso: H2O. No Brasil há muito desperdício de água e milhares de pessoas morrem, decorrência do consumo de água contaminada. Segundo dados oficiais, a cada mil litros de água potável consumida, dez mil são contaminados e cerca de 25 mil pessoas morrem, diariamente, por causa, igualmente de água contaminada.
A água é contaminada principalmente perto das grandes regiões urbanas, pois, as prefeituras, não cuidam de dar uma destinação certa para o lixo que acaba nos rios, lagos e igarapés, fontes mananciais de água potável que é consumida pelas populações do mundo inteiro.
Um dos alentos que se tem conhecimento é que, de toda a água existente no mundo, pelo menos da metade da água potável, o que corresponde a apenas 1%, está na região Amazônica. E, sabiam mais: todos os rios, lagos e igarapés da Amazônia paraense, por assim dizer, que já tiveram problemas de poluição, são recuperáveis. É o que nos informa o diretor de recursos hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Paulo Sérgio Altieri, o qual lembra que poluir rios é crime ambiental passível de penalização conforme as leis em vigor no País.
Preservar a água é não apenas um direito, mas dever de todo cidadão. As entidades e instituições da sociedade civil organizada, como a Igreja Católica, vem fazendo a sua parte. Há dois anos, a Campanha da Fraternidade foi voltada para o tema, dado que a preocupação é enorme. Quem estuda o meio ambiente sabe que a água é um recurso mineral finito, isto é, que, dentro de alguns anos, não haverá mais como hoje. A dessalinização é cara e o gosto do líquido, lógico, é desagradável, por isso as denúncias feitas, há anos, no Pará, pelo ambientalista Camilo Viana, de que está ocorrendo biopirataria da água, em que, navios de grande porte, aqui vem para retirar milhões de litros de água dos nossos rios.
Viana entende que não se pode negar água, mas acha que o Brasil deveria receber royalties por esse recurso mineral levado às pampas de nossa região sem que, até agora, tenha havido qualquer providência. É sabido que as denúncias são antigas, mas que, até hoje, não foram comprovadas, no entanto, a hipótese não é afastada, e Viana, que é uma autoridade no assunto, não pode ser ignorado, porque tem o costume de denunciar apenas o que tem conhecimento a olho próprio. Sempre foi assim em sua vida

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