Vamos dar uma chance ao amor


Lula e Simon Peres, em Israel. Foto: Divulgação
ROBERTO BARBOSA

A respeito da visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio e os momentos de grande amor na novela global “Viver a Vida”, tirei tópicos para este pequeno comentário.
Em momentos de grandes turbulências, já em casa – não gosto mais de sair à noite – me divirto olhando a TV, assistindo aos telejornais e às novelas.
E ontem me chamaram atenção duas cenas: a primeira, as mútuas declarações de amor entre os personagens Miguel e Luciana, quando ambos se entregaram ao amor, à dedicação um ao outro. A outra, o desfecho triste do casamento dos personagens Marco e Helena, finalizando o capítulo e que eu volto a falar mais adiante.
Bom, lá no Oriente Médio, Lula foi o primeiro Chefe de Estado Brasileiro a visitar a região que vive em conflito há sessenta anos. Ali, eles também não aceitam que o Brasil dê apoio moral ao Irã, que é acusado pela comunidade internacional de estar enriquecendo urânio para construir armas atômicas, portanto, letais à humanidade.
Ali era, de fato, a região por onde Cristo também caminhou pregando o mundo do amor, o reino de Deus que está próximo e depende do que aqui fazemos – para quem acredita, afinal, hoje, muitas pessoas são incrédulas, materialistas.
Bom, o que tem a ver a novela das 21h da Globo com a questão do Oriente Médio e de Lula?
Simples: Marco e Helena são, na vida real, aquelas pessoas que se amam, que se querem, mas que, por ter dureza no coração, acabam por serem insensatas. Preferem se auto-destruir a darem o braço a torcer em favor do amor e da própria felicidade. Basta um ceder que, talvez, as coisas melhorem. Muitas das destruições decorrem dessa dureza de coração, dessa pseuda firmeza de opinião que, pra mim, tem outro nome.
No Oriente Médio, não fossem as tradições religiosas – e não tem nada a ver com Jesus Cristo, os interesses políticos (estes que prejudicam a maioria das populações do mundo), aquele povo não viveria em guerra, não morreria de fome ou mutilada, a região seria bem mais desenvolvida e talvez a história da humanidade fosse, hoje, outra, voltada, isto sim, para um esforço conjunto, de amor um ao outro, para salvar a vida diante das mudanças climáticas que já estão acontecendo e que, pra mim, fazem parte de um ciclo natural do planeta.
O Lula, como chefe de Estado, fez a visita e até se ofereceu para ajudar nas negociações pela paz. Mas, que paz é esta, que ele aceita as crueldades impostas pelo governo ditatorial de Cuba? Os desmandos de Hugo Chávez? Aonde está a oportunidade para o amor?
Dizia São João Evangelista que o amor é o cerne da vida, pois tudo gira em torno do amor. O próprio Deus é amor, doçura, e as desigualdades no mundo decorrem da falta de amor, sucumbido pelo egoísmo, pela sede de poder e pelas orgias mundanas.

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