Onde estão os direitos dos pais?

ROBERTO BARBOSA

Nazaré Sarmento, minha mulher, professora, artesã, empresária e missionária católica, é uma mulher muito observadora. Ela já concorreu duas vezes a cargos eletivos na capital paraense e sempre faz observações interessantes, daí eu tanto citar-lhe neste espaço.
Outro dia ela levou nosso filho caçula e nosso neto para tirarem a carteira profissional na Delegacia Regional do Trabalho, uma funcionária disse que ela não precisava estar ali, pois ela, a funcionária, conversaria apenas com os “interessados”. Ambos tem 17 anos e são, portanto, de menor idade.
Então, ela ficou muito chateada, afinal, “aonde estão os nossos direitos, os nossos direitos de pais?” E por que ela fez esse questionamento? Porque se lembrou da decisão da delegada Ione Coelho de responsabilizar os pais de jovens adolescentes e crianças que se meterem a praticar infrações, seja lá de que grau o for.
Ora, se os pais podem ser responsabilizados pelos atos desses jovens infratores, porque não podem acompanhá-los quando estão, igualmente, fazendo algo importante e cidadão como tirar um importante documento?
E tem mais: aos 16 anos, esses jovens já podem votar. É opcional, mas podem, fruto não de um avanço democrático, mas acredito, da intenção de determinados segmentos da sociedade que acham mais fácil convencer a juventude para colocar esta ou aquela pessoa no poder. O jovem vai votar crente de que estará fazendo algo de tão importante, mas não percebe que alguém, talvez, tenha “feito sua cabeça” pra colocar no poder quem não merece nem estar em liberdade.
Essas discrepâncias precisam ser observadas pela sociedade no mundo de hoje, antes que fique tarde de mais.

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