Caso Isabella: réus só querem saber da liberdade. O resto parece não interessar.

ROBERTO BARBOSA

Com uma hora de atraso foram reiniciados nesta manhã, no Fórum de Santana, zona metropolitana de São Paulo, os trabalhos do Tribunal Popular do Júri, onde é realizado o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte da menina Isabella Nardoni, há dois anos. A vítima foi estrangulada e depois jogada pela janela edifício abaixo, crime que chocou a sociedade brasileira pela barbaridade com que foi cometido.
Segundo a acusação, patrocinada pelo promotor Francisco Cembranelli, a pequena vítima foi estrangulada por Anna Carolina e depois, jogada pelo pai, Alexandre, pela janela do apartamento em que moravam, morrendo em seguida.
A defesa nega as acusações e diz que as provas técnicas podem ser desqualificadas, posto que uma terceira pessoa teria invadido o apartamento onde o casal morava com dois filhos – Isabella apenas passava o fim de semana com o pai e a madrasta -, e praticado o bárbaro crime.
Familiares de Alexandre Nardoni acreditam piamente na inocência do casal e na versão apresentada pela defesa. Todos são criticados, afinal, ao que parece, neste momento, o mais importante para eles, não é o esclarecimento do crime, identificação dos culpados nem que seja feita justiça. Para eles – aparentemente – o que conta, agora, é absolver o casal, afinal, Isabella já está morta mesmo e não retorna mais.
Esse posicionamento dos Nardoni vem sendo comentado por todo o País que acompanha passo a passo o desenrolar do julgamento que é presidido pelo juiz Maurício Fossem, que acatou o pedido da acusação de manter a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, confinada até que a seção de julgamento se encerre, o que está previsto para acontecer possivelmente nessa quarta-feira. O pedido foi criticado pelo promotor Francisco Cembranelli que acha crueldade, pois Ana Oliveira é quem perdeu a filha e ainda não pode nem ver o que está acontecendo, pois, onde está, não tem acesso a internet, telefone celular nem televisão. O advogado de acusação, Roberto Podval, sustenta ser necessário o confinamento para o caso de haver alguma contradição entre o depoimento da mãe e de alguma testemunha. Ele quer as acareações imediatamente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Povo esquecido e abandonado no Tapanã

A hora e a vez da pesca artesanal se materializa com o festival em Igarapé-Miri

Comportamento de vereador, candidato a prefeito, chama atenção da população do Tauá