O desrespeito das vans pela ineficiência do governo em garantir transporte de qualidade para a população

ROBERTO BARBOSA

Há duas semanas condutores de vans estão em guerra com a Companhia de Transportes de Belém. A determinação oficial é retirar das ruas todos os veículos que estão fazendo transporte irregular e se enocontram com licenciamento e equipamentos de segurança igualmente irregulares.
Bom, vamos por parte. Em primeiro lugar, se existe um bando de vans fazendo transporte clandestino pela cidade, isso de corre de dois fatores: falta de emprego e busca do cidadão pelo serviço informal que lhe garante o autosustento. Depois, porque o transporte coletivo urbano em Belém é e sempre foi ineficiente. A população que depende desse transporte anda super desconfortável, em veículos extremamente lotados, que circulam atrasados e cujos motoristas queimam paradas o tempo todo.
E não se pode dizer que isso acontece nesta ou naquela linha. Não. Isso acontece em todas as linhas urbanas da capital paraense.
Assim, a população, em geral, se refugia no transporte urbano para poder continuar se locomovendo.
Desta maneira, quando a Ctbel resolve agir contra as vans, há de se considerar estes pontos, mas, também, o da segurança dos passageiros. Ora, quem anda em van não tem direito a nada, e há, é bem verdade, um grande número de Kombis trafegando sem a menor condição de tráfego, principalmente ao longo da Estrada Nova e da Estrada da Ceasa. Isto, também, é um fato.
Acho que a cooperativa dos transportes alternativos deveria, sim, intervir na situação, mas que os proprietários de vans também colaborem, afinal, o passageiro é o seu cliente e merece, também, respeito, atenção.
Caso estas coisas todas não sejam levadas em consideração, no chamado bom senso das autoridades, condutores de vans e da própria cooperativa, fatalmente, estaremos caminhando não para uma guerra, mas para um grande caos, pois esse pessoal, não vai demorar muito, começará a resistir de forma violenta, pois o desespero do desemprego e da fome não é brincadeira.

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