Dirigente da UGT Pa. é agredido e ameaçado de morte na Pedreira


Salomão diz temer por sua vida. Foto: Ascom/Fetracom-PA/AP
O secretário geral da União Geral dos Trabalhadores no Pará, Salomão Sousa Fernandes, paraense, casado, 49 anos, ex-dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Pará, foi agredido, ontem, por volta das 10h, no interior da garagem dos ônibus da Empresa de Transportes Coletivos TransBcampos, situada na Avenida Marquês de Herval com Travessa Dr. Enéas Pinheiro, no bairro da Pedreira, em Belém. O autor da agressão foi o atual secretário geral do referido sindicato, Christian Vilhena, que se fazia acompanhar de dois capangas. O fato foi testemunhado por todos os trabalhadores da garagem que intervieram no sentido de que a vítima não fosse assassinada, já que um dos acusados chegou a sacar sua arma para disparar.
Em ato contínuo, Christian e seus comparsas abriram em fuga, porém, antes, ele falou a Salomão que ele “não perde por esperar”, pois será executado sem demora.
Salomão, que foi atacado a chutes e socos, teve o nariz fraturado e foi mandado a exame de corpo de delito no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, pelo delegado Fernando Flávio, diretor da Seccional Urbana da Pedreira, que determinou abertura de inquérito policial para apurar os fatos, inclusive mandando intimar o acusado, para que preste depoimento.

FATOS
Segundo disse Salomão, ele foi à garagem da TransbCampos em atividade sindical. Em lá chegando, falou com alguns funcionários que lhe fizeram reclamações acerca da atual diretoria do Sindicato dos Rodoviários, no que ele retrucou não ser mais da direção e que eles esperassem por novas eleições para tentar mudar as coisas. Em seguida, entrou na garagem.
Não demorou muito, apareceu o Christian Vilhena, que integra a atual diretoria do STTRPA que, ao deparar com Salomão, ordenou aos comparsas que baixassem a porrada. As coisas só não evoluíram mais por causa da pronta ação dos funcionários da garagem.
Diz Salomão que está amedrontado ante a violência da atual diretoria do STTRPA que não aceita oposição sindical, e lembrou das ameaças de morte por que vem sofrendo o presidente da UGT-PA, José Francisco Pereira, de parte do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Paragominas, Francisco Pereira, o “Custódio”, bem como, do assassínio de que foi vítima, ano passado, o sindicalista Josinaldo Alves, do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Redenção.
E finalizou lembrando o dia 1° de maio de 2008, quando essa mesma diretoria provocou tumultos e agrediu dirigentes ugetistas durante manifestações pelo Dia do Trabalho que aconteceram na Praça da República, no centro de Belém.

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