Páscoa é liberdade para assassinos de Dorothy Stang, a freira morta no Pará

ROBERTO BARBOSA

Há poucos dias nós assistimos a um feito histórico na Justiça do Brasil, que condenava os matadores da menina Isabella Nardoni, respectivamente, pai, Alexandre Nardoni, e madrasta, Anna Carolina Jatobá, às penas de 31 e 26 anos de reclusão em regime fechado. No dia de ontem, entretanto, a Justiça deu duas guinadas negativas, pois vai apreciar o pedido de um novo julgamento para o casal, que poderá pegar pena igual, menor ou até maior, bem como, irá conceder liberdade provisória para os assassinos da freita católica Dorothy Stang. Rayfran das Neves e Amair Feijoli já estão em liberdade, ao passo que Clodoaldo Batista deve ficar sabendo, ainda hoje, se, também, terá o mesmo direito de passar a Páscoa com a família. É o indulto da Páscoa.
No final do ano passado, foi concedido indulto de Natal para cerca de 500 presos. Destes, oitenta são dados, agora, como foragidos, pois nunca voltaram para a cadeia, prova de que esse benefício deveria ser questionado, principalmente quando se trata de libertar presos de alta periculosidade, acusados dos crimes mais violentos que já aconteceram em qualquer parte deste país. O crime contra Irmã Dorothy foi cruel e chocou o país inteiro, mexeu com a comunidade internacional, pois a freira tinha dupla nacionalidade. Um dos criminosos deve ser julgado amanhã e a Justiça nos coloca na rua três acusados já devidamente sentenciados que, a exemplo dos oitenta que não regressaram para continuar cumprindo suas penas, poderão, igualmente, escapar para sempre.

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