Lula é duro na queda

ROBERTO BARBOSA

O presidente Luís Inácio Lula da Silva chegou mesmo para mostrar que é o "cara" onde quer que esteja. Ele só não engana mesmo aos americanos, que, nem pensar, o querem à frente da Organização das Nações Unidas - ONU. Pois não é que ele está mesmo fazendo campanha abertamente para sua candidata, Dilma Rousseff, a oposição já entrou com seis representações junto ao Superior Tribunal Eleitoral por campanha eleitoral antecipada e a Justiça diz que ele não está fazendo nada de mais?
Desta vez foi o ministro Aldir Passarinho Júnior analisando representação do PSDB, DEM e PP. Ele fala que não viu no discurso de Lula nenhuma frase ou ato que mostre claramente que Dilma é candidata à sua sucessão.
Mas, vejam bem, é apenas o ministro Aldir Júnior que não está vendo nada em relação a Lula, pois, até mesmo seu principal opositor, que irá enfrentar Dilma, José Serra, admite que há campanha antecipada e diz ser contra, "tanto que não faço". E, realmente, Serra se manteve o tempo todo na dele, quieto, e ainda nem foi lançado oficialmente como o candidato do PSDB à Presidência da República.
Então, como se vê, Lula, realmente, é o "cara". Ele mexe com administração, economia, religião, política internacional, defende em Cuba o que no Brasil é abominável e consegue, ainda assim, sair sempre à francesa, embora os holofotes estejam em cima dele, como no caso do Mensalão, que ele vai admitir ao Ministério Público Federal, ter sido alertado pelo então deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, mas negar que conheceu pessoalmente o senhor Marco Valério, que teria com ele estado na Granja do Torto. Ele é o "cara" e, ao que parece, é "intocável". Este assunto é publicado, hoje, em vasta reportagem na Folha de São Paulo.
Entretanto, Lula vem conseguindo o que as outras expressões do PT não conseguiram: sair limpo dos inúmeros escândalos envolvendo o partido, como no caso, agora, da Bancoop, a cooperativa do PT que leva o partido a mergulhar em mais um atoleiro de lama podre, fétida de tanta corrupção e ladroagem, longe de todo aquele discurso moralista que primava pela distribuição igualitária de rendas e por um país mais rico, mais justo, mais humano, mais tudo.

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